Os EUA puseram a cabeça a prémio de Nicolàs Maduro: informações que possam levar à sua detenção valem 15 milhões dólares. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é acusado de tráfico de droga e lavagem de dinheiro nos Estados Unidos da América, na sequência de uma investigação levada a cabo por autoridades federais em Washington, Nova Iorque e Florida, avançam o The New York Times e a Associated Press.

Os crimes que pesam contra Maduro serão anunciados esta quinta-feira durante uma conferência de imprensa com o Procurador-Geral dos Estados Unidos, o general William Barr, e os procuradores de Nova Iorque e Miami, adiantou uma fonte próxima do processo que falou em condição de anonimato.

Além de Maduro, serão também formalmente acusados mais 14 atuais e ex membros do Governo e das forças de inteligência venezuelanos e das FARC, o maior grupo rebelde na Colômbia, a quem Maduro se terá associado nesta rede de narcotráfico investigada pela DEA (o departamento de investigação anti-drogas norte-americano).

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Segundo o general William Barr, os líderes venezuelanos acusados terão organizado uma “ponte aérea” a partir de uma base aérea da Venezuela, através da qual enviavam para a América Central. A investigação estima que “entre 200 e 250 toneladas de cocaína” foram enviadas para fora da Venezuela por estas rotas.

De acordo com a Associated Press, durante a conferência de imprensa, foi anunciada a recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem à prisão de Maduro.

Maduro com a cabeça a prémio

Mas não é o único. Diosdado Cabello, o ex-Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, a quem seriam entregues envelopes em dinheiro para uso próprio também está entre os procurados (o prémio é de 10 milhões dólares), assim como altos cargos do regime.

Diosdado Cabello é o ex-Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela

Hugo Armando Carvajal Barrios, apelidado de El Pollo, foi o chefe da inteligência militar na Venezuela durante o governo de Hugo Chávez

General na reforma que já disse que se vai entregar e nega as acusações norte-americanas

Contactado pelo jornal The Guardian, um dos acusados, Clíver Alcalá, disse disse que foi acusado por engano. “As autoridades colombianas sabem onde estou. Eles sabem que estou em casa e não tenho planos de fugir ”, afirmou, acrescentando: “Eu apoio as acusações contra o regime de Maduro, mas eu não deveria estar incluído”.