Contrariando todas as indicações e restrições relativas ao ajuntamento de pessoas durante o estado de emergência, entre “150 e 200” pessoas reuniram-se para participar numa festa de casamento, em Pombal, na primeira segunda-feira do mês de abril, dia 6. A PSP foi chamada ao local por outros habitantes do bairro que estavam incomodados com o barulho e identificou os “promotores” da festa, elementos da comunidade cigana que ali vive. A celebração terminou pouco tempo depois da chegada dos agentes, sem qualquer resistência.

Ainda não eram 22 horas quando a PSP deslocou para o bairro Margens do Arunca, em Pombal, um “dispositivo com alguma força” para terminar com uma festa de que os vizinhos tinham feito queixa. O alerta foi dado depois de o aglomerado de convidados para a festa de casamento ter incomodado os restantes moradores.

Ao Observador, o Intendente Nuno Carocha, porta voz da PSP, explica que os meios “mais musculados” mobilizados para o local não precisaram de intervir, tendo sido feita apenas uma ação de sensibilização que foi suficiente para terminar a festa.

As pessoas foram-se juntando ao longo do dia, cerca das 21 horas fomos chamados por causa do barulho intenso. Durante o dia não terá havido aglomeração de pessoas”, afirma, esclarecendo ainda que, depois da chegada da PSP, os convidados da festa dispersaram rapidamente para as respetivas casas.

Segundo o Intendente Nuno Carocha, os “promotores” da festa de casamento foram identificados pela PSP e o caso foi comunicado ao Ministério Público, por violar as regras que proíbem eventos ou celebrações que juntem aquele número de pessoas, por causa da Covid-19.

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Esta intervenção da polícia foi inclusivamente relatada pelo Diretor Nacional da PSP logo no dia seguinte, durante uma das reuniões da estrutura de monitorização do estado de emergência. Magina da Silva usou o caso como um dos exemplos da violação das regras, conforme se pode ler na ata da reunião incluída no relatório sobre a aplicação da 2.ª declaração do estado de emergência. Isto apesar de ter voltado a dizer que, genericamente, os cidadãos têm acatados as ordens gerais de permanência em casa.