Há 150 pessoas internadas com Covid-19 em cuidados intensivos em Portugal, segundo os dados partilhados este sábado, 2 de maio, pela Direção-Geral de Saúde (DGS). É preciso recuar ao final de março para encontrar um número tão baixo, sabendo-se, por exemplo, que a 7 de abril havia 271 pessoas a precisar de cuidados intensivos em hospital, quase o dobro.

Este é um dos destaques do boletim diário da DGS, um boletim que sofreu um ajuste que passou pela eliminação de 422 casos que estavam duplicados, na zona norte do país. Veja aqui os outros destaques.

“Ajuste” dos números fixa em 25.190 o número de casos

Esse ajuste nos números de casos fez com que, nesta altura, se somem 25.190 casos confirmados de Covid-19 em Portugal, no total. Após o ajuste, regista-se um aumento de 203 casos em relação ao “novo” número da véspera (24.987) – ou seja, um aumento 0,8%, um dos mais baixos de que há registo nos últimos meses.

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Houve mais 16 mortos, erguendo o total para 1.023 óbitos com Covid-19. Mais uma vez, foi maior o número de casos dados como recuperados – foram mais 24 em relação à véspera, para um total até ao momento de 1.671 pessoas.

Mais um morto com entre 50 e 59 anos

Entre os 16 mortos está uma pessoa, um homem, na casa dos 50 anos. É uma das vítimas mais jovens desta doença em Portugal, até ao momento: já houve 10 mortos com 40-49 anos e 32 óbitos nesta faixa etária dos 50-59 anos.

Houve, também, mais um morto na faixa etária seguinte – 60-69 anos – e todos os restantes pertencem às faixas etárias onde tem havido maior mortalidade: mais quatro mortos com 70-79 anos e mais 10 óbitos com mais de 80 anos.

Três dos 16 mortos nas 24h até à meia-noite de sábado ocorreram na zona de Lisboa e Vale do Tejo (205 mortes, até ao momento), uma nos Açores (13, no total), cinco no centro do país (206) e os restantes sete óbitos ocorreram no norte.

Mais de 6.000 casos em Lisboa e Vale do Tejo

A julgar pelos dados do mapa global que aparece na primeira página do boletim, superou os 6.000 o número de casos totais na região de Lisboa e Vale do Tejo – são 6.047 casos, mais 108 do que na véspera.

No norte, que continua de longe a ser a zona mais fustigada pela doença, existiu o tal ajuste nos números que fixou em 14.951 o número de pessoas infetadas até à data. No centro, o número de casos subiu em apenas 7 confirmações, para 3.426, e nos Açores mais 4 casos – para 131 até ao momento.

Tanto no Alentejo como no Algarve (e, também, na Madeira) não houve registo de novos casos entre sexta-feira e sábado.

Existem seis concelhos em Portugal com mais de 1.000 infetados: Lisboa (1.567), Vila Nova de Gaia (1.413), Porto (1.247), Matosinhos (1.149), Braga (1.086) e Gondomar (1.012).

Há mais de 6.000 pessoas infetadas (no total) com mais de 70 anos, a idade onde a mortalidade devido a esta doença tem demonstrado ser maior, próxima de 13%-14%.

Doentes em cuidados intensivos eram quase o dobro no início de abril

No espaço de quase um mês, caiu para pouco mais de metade o número de pessoas internadas em cuidados intensivos. Eram à meia-noite deste sábado 150 pessoas, um mínimo desde finais de março que contrasta com as 271 pessoas com esta necessidade de internamento que havia a 7 de abril.

O número de pessoas internadas totais (incluindo cuidados intensivos e outros níveis menos graves) baixou de 892 para 855 este sábado, o que também compara favoravelmente com os dados que marcaram todo o mês de abril – a 8 de abril eram 1.211 pessoas internadas.

Tosse continua a ser o principal sintoma

A tosse continua a ser o principal sintoma. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 87% dos casos) mantêm-se quase inalterados em relação aos últimos dias, com uma preponderância maior de tosse (44%) e febre (31%), seguidas de dores musculares (22%) e cefaleia (20%). Fraqueza generalizada (16%) e dificuldades respiratórias (13%) são os sintomas com menor taxa de incidência.

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