O Reino Unido garantiu o acesso a 90 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. O ministro das Empresas, Alok Sharma, anunciou esta segunda-feira que foram feitas “parcerias importantes” com as empresas BioNTech/Pfizer e Valneva, que estão a desenvolver vacinas contra o novo coronavírus.

“O governo também garantiu acesso a tratamentos com anticorpos que neutralizam a Covid-19 da AstraZeneca para proteger aqueles que não podem ser vacinados, como doentes oncológicos e imunocomprometidos”, lê-se num nota publicada no site do governo britânico.

A busca por uma vacina é um esforço verdadeiramente global e estamos a fazer tudo o que podemos para garantir que os britânicos têm acesso a uma vacina contra o novo coronavírus segura e eficaz, o mais rapidamente possível”, afirmou Alok Sharma.

O executivo fez um acordo para ter acesso a 30 milhões de doses da vacinas, que estão a desenvolvidas pela BioNtech, empresa alemã de biotecnologia, e pela farmacêutica Pfizer, e que usa parte do código genético do novo coronavírus. É o primeiro acordo da empresa com um governo, adianta ainda o executivo britânico.

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Pfizer já está a testar vacina contra Covid-19 em humanos

Com a Valneva — cuja fábrica está situada em Livingston, na Escócia— são 60 milhões de doses, mas com a hipótese de ter acesso a mais 40 milhões, caso a vacina seja “segura, eficaz e adequada”.

O acordo com esta empresa francesa especializada em vacinas prevê ainda que o governo contribua com “os custos dos estudos clínicos no Reino Unido”, sendo que está ainda a ser negociado um financiamento para a expansão das instalações da fábrica.

Além destes 90 milhões de doses, o governo já tinha tinha garantido 100 milhões de doses de vacinas com a Universidade de Oxford, que estão a ser desenvolvidas com a AstraZenenca — com esta empresa, o governo tem agora um acordo para aceder um milhão de doses de tratamentos com anticorpos.

Foi ainda feito um investimento de 131 milhões de libras para apoiar a Imperial College London também no desenvolvimento de uma vacina. Segundo o jornal The Guardian, esta vacina começou a ser testada em seres humanos em junho.

Na nota, o governo britânico refere ainda que, graças a estas parceiras, será possível “vacinar e proteger” grupos prioritários, como doentes de alto risco e profissionais de saúde e outros grupos profissionais como os que trabalham nos lares de idosos, que estão na linha da frente no combate ao novo coronavírus

Com o anúncio de hoje, o governo garantiu o acesso a três diferentes tipos de vacinas que estão a ser desenvolvidas aqui e no mundo, dando ao Reino Unido a melhor hipótese de ter acesso, mais rapidamente, a uma vacina segura e eficaz”, refere ainda a nota.

O executivo lançou também esta segunda-feira um site para as pessoas se candidatarem a estudos sobre futuras vacinas. O objetivo é ter 500 mil voluntários até outubro.