O possível desaparecimento de espaços noturnos com programação regular representaria uma “enorme perda cultural” e teria “um impacto económico devastador”, com destruição de postos de trabalho e de um ecossistema que inclui músicos, técnicos e programadores culturais, defende o diretor do MusicBox, sala de concertos e atuações de DJs situada no Cais do Sodré, em Lisboa.
Gonçalo Riscado garante que estes espaços “estão claramente em risco” porque na sua maioria não voltaram a abrir portas desde o encerramento da economia em meados de março devido à pandemia da covid-19. E, no entanto, continuam a ter de pagar custos fixos, como sejam rendas, parte dos salários dos funcionários em regime de lay off, créditos bancários e leasing de equipamentos. O MusicBox tem as equipas em lay off, recorreu ao crédito bancário e também a poupanças que entretanto se esgotaram.
Perante este cenário, Gonçalo Riscado tem estado envolvido desde maio na criação de uma entidade que dialogue com os poderes públicos e os leve a reconhecer a vertente cultural de clubes noturnos que em inglês são conhecidos como grassroots music venues.
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