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As outras duas eleições decisivas nos EUA. Luta renhida no Senado, democratas devem manter a Câmara dos Representantes

Este artigo tem mais de 3 anos

Votos já contados mostram um empate provisório no Senado que pode ter de ser desfeito pelo vice-presidente. Na Câmara dos Representantes, tudo indica que os democratas vão manter a maioria.

O Capitólio dos EUA, edifício onde funcionam as duas câmaras do Congresso
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O Capitólio dos EUA, edifício onde funcionam as duas câmaras do Congresso

Getty Images

O Capitólio dos EUA, edifício onde funcionam as duas câmaras do Congresso

Getty Images

Além do Presidente, os eleitores norte-americanos foram chamados na última terça-feira a fazer outras escolhas nos seus boletins de voto, incluindo (a par de eleições locais e regionais em diferentes pontos do país) duas eleições com o objetivo de determinar quem serão os membros das duas câmaras do Congresso, o órgão que detém o poder legislativo nos Estados Unidos.

No total, estão em jogo esta semana a totalidade dos 435 lugares da Câmara dos Representantes (a câmara baixa do Congresso) e 35 dos 100 lugares do Senado (a câmara alta).

Também no caso das eleições para o Congresso, ainda não há resultados que permitam perceber quem ganhou — embora o grau de indecisão não se compare ao que continua a pairar sobre a escolha do Presidente. No Senado, é expectável que o Partido Republicano mantenha a maioria (embora, neste caso, haja ainda a possibilidade de os democratas inverterem a tendência); por outro lado, na Câmara dos Representantes tudo indica que o Partido Democrata deverá manter a maioria que conquistou nas eleições de 2018.

Luta renhida no Senado

Os senadores são eleitos por mandatos de seis anos, mas não são escolhidos todos ao mesmo tempo. Os membros do Senado estão divididos em três categorias: senadores de classe 1, 2 ou 3. Esta categoria não diz nada sobre a importância ou antiguidade de cada legislador, mas serve um propósito simples: determinar quando é que cada um deve disputar eleições. Com ciclos eleitorais a cada dois anos (presidenciais e intercalares), as classes de senadores vão a eleições de forma rotativa, cumprindo-se o mandato de seis anos.

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O Senado é composto por 100 elementos, dois de cada estado, independentemente da população de cada território. Este ano, estão em disputa os 33 senadores de classe 2 e mais dois lugares por motivos especiais: um no Arizona, devido à morte de John McCain em 2018, e outro na Geórgia, depois de Johnny Isakson ter renunciado ao cargo em 2019 por motivos de saúde.

Até à manhã desta quinta-feira, o Partido Democrata tinha conseguido eleger 13 senadores (que se somam aos 35 cujo lugar não esteve este ano em discussão), enquanto o Partido Republicano já tinha assegurado 18 membros (a somar aos 30 que não foram a eleições). Isto significa que ambos os partidos estão empatados com 48 senadores, num altura em que ainda falta apurar os votos respeitantes a quatro lugares. Se, no final, os partidos terminarem empatados, é o vice-presidente dos EUA (que é por inerência presidente do Senado) que desempata.

Um dos lugares que estavam em jogo era o de Mitch McConnell, o republicano que ocupava o cargo de líder da bancada maioritária e que tem sido o trunfo fundamental de Donald Trump no Senado. O senador do Kentucky foi reeleito com 58,3% dos votos.

Por outro lado, no estado do Nebraska foi reeleito com 66,4% dos votos o senador republicano Ben Sasse, que recentemente deu nas vistas por ter lançado duras críticas ao Presidente, chegando a afirmar que Trump “beija o rabo a ditadores” e conduz o país “como um marinheiro bêbado”. Durante a campanha eleitoral, Trump respondeu-lhe e lamentou a existência de “pessoas estúpidas” dentro do Partido Republicano.

O Presidente Trump no discurso do estado da união perante uma sessão conjunta dos membros do Senado e da Câmara dos Representantes

Getty Images

Os democratas levam uma ligeira vantagem na corrida, depois de terem conseguido roubar dois lugares aos republicanos: no Arizona, o lugar do republicano John McCain vai agora para o democrata Mark Kelly (um antigo astronauta da NASA que ficou conhecido por, entre outras missões, ter participado com o seu irmão gémeo numa missão destinada a perceber o impacto das viagens espaciais na saúde humana); no Colorado, o democrata John Hickenlooper venceu o republicano Cory Gardner, que se recandidatava ao lugar.

O Partido Republicano, por seu turno, só conseguiu inverter um lugar. No Alabama, o democrata Doug Jones perdeu a reeleição para o republicano Tommy Tuberville.

Câmara dos Representantes deve continuar democrata

Na Câmara dos Representantes, cujos membros cumprem mandatos de dois anos, estão em jogo todos os lugares — e os resultados provisórios dão uma vantagem ao Partido Democrata, que deverá manter a maioria que conseguiu roubar aos republicanos nas eleições intercalares de 2018. Na manhã desta quinta-feira, as contas apontavam para a eleição de 205 congressistas democratas e de 190 congressistas republicanos, com 40 lugares ainda por apurar.

Porém, os republicanos estão a estreitar o fosso, tendo conseguido eleger representantes em oito circunscrições que eram lideradas por democratas, ao passo que os democratas só conseguiram roubar dois lugares ao partido de Trump.

Entre os congressistas já eleitos encontra-se, por exemplo, a jovem democrata Alexandria Ocasio-Cortez, uma das figuras mais mediáticas da política norte-americana, que no ano passado ganhou notoriedade pela assertividade das suas intervenções parlamentares. Ocasio-Cortez é uma das principais representantes da ala mais à esquerda do Partido Democrata e, caso Joe Biden seja eleito Presidente, poderá significar um importante foco de oposição interna.

Pelo menos três lusodescendentes asseguraram a reeleição para o Congresso, como deu nota a agência Lusa. Trata-se do destacado republicano Devin Nunes, que liderou a comissão parlamentar que em 2016 lançou o inquérito à alegada interferência russa nas eleições, e dos democratas Jim Costa e Lori Loureiro Trahan. Outros dois lusodescendentes — Nick Freitas e David Gonçalves Valadão — também lutaram pela eleição.

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