É um início de segundo mandato com uma aposta na tecnologia. Marcelo Rebelo de Sousa fez a primeira publicação no Twitter da Presidência da República Portuguesa este sábado, quatro dias após a tomada de posse. O chefe de Estado já tinha modernizado o site, criou uma aplicação que envia notificações para os utilizadores e tinha à disposição uma conta no Twitter que usou este sábado pela primeira vez para anunciar a assinatura do decreto do Governo que aprova as medidas de execução do Estado de Emergência e o Plano de Desconfinamento.

Depois da falta de mensagem após a discussão e aprovação de uma renovação ao estado de emergência, que foi esclarecida em sintonia entre Presidente da República e primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa resolveu anunciar a assinatura do decreto do Governo com as novas medidas para o desconfinamento de forma nova, inesperada e tecnológica. Tudo através de uma simples e curta publicação no Twitter.

Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse para um segundo mandato presidencial há quatro dias, 9 de março, e um dia antes foi feita nova verificação pela rede social da conta oficial da Presidência no Twitter. Esta já existia desde 2008, mas passa agora a ser mais um veículo oficial disponível, caso Marcelo pretenda. E foi isso mesmo que aconteceu este sábado, quando surgiu uma publicação na rede social.

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Conhecido pelas fracas (ou inexistentes) relações com a tecnologia, Marcelo nunca escondeu o telemóvel modesto ou a distância das redes sociais. Contudo, um novo mandato parece ter trazido ou criado um Marcelo 2.0.

Marcelo 2.0: Presidente tem novo site, app com notificações e Twitter oficial

A aplicação em causa começou a ser criada pela Presidência quando ainda nem se sabia se Marcelo ia concorrer às últimas eleições, mas acabou por ser lançada já com Marcelo reeleito. Uma espécie de passo em frente para os próximos cinco anos. De forma intuitiva, a app permite acompanhar as mais recentes notícias do Comandante Supremo das Forças Armadas e até mandar mensagens ao Presidente.

Quando a aplicação foi lançada, a Presidência da República explicou ao Observador que, à semelhança do site, esta app é uma plataforma pensada para próximos Presidentes da República, isto se assim o entenderem. Ou seja, a ideia da aplicação foi seguir a lógica do site da Presidência, que é: quando um novo Presidente da República ocupa o cargo tem já uma infraestrutura para poder utilizar, alterar e, depois, deixar para quem o substituirá. Exemplo disso são os sites dos ex-presidentes Jorge Sampaio ou Aníbal Cavaco Silva, que foram arquivados aqui e aqui, respetivamente, e serviram de base para o que hoje existe, até para esta nova app.

Na prática, esta aplicação utiliza as funcionalidades extra que as aplicações móveis permitem — como notificações, também conhecidas como “push notifications” — e oferece uma interface mais amiga dos telemóveis do que aquilo que se pode ver através de um browser na internet, como o Google Chrome ou o Safari. Uma das preocupações da Presidência foi essa mesmo, explica: tornar as plataformas mais fáceis de usar a partir de smartphones.

Assim, esta app não é apenas uma transposição dos conteúdos do novo site de Marcelo Rebelo de Sousa. Com o site “tentou-se chegar à mesma informação por caminhos diferentes”. Ou seja, de forma mais intuitiva e tendo em conta que é uma utilização sempre através de um browser. Já com a app, por ser uma interface própria, optou-se por uma utilização ainda mais “simples”. Como explica a Presidência, “a app vai beber ao site” os mesmos conteúdos: se uma notícia está no site, também aparecerá na app, por outra palavras. A diferença é que está num formato diferente. Pode saber tudo sobre a aplicação aqui.

Marcelo 2.0: o que é e como funciona a app do Presidente da República