A GNR deteve, desde o início deste ano, 32 pessoas por provocarem incêndios florestais, menos seis face a período homólogo, informa esta quinta-feira o Jornal de Notícias (versão em papel). Até 15 de julho, arderam ainda mais 12.123 hectares florestais ardidos, uma subida de 25% em relação ao ano passado.

Além das detenções, as autoridades instauraram 1570 autos de contraordenação até 1 de agosto pela falta de limpeza dos terrenos dentro do período legal. Coimbra é o distrito em que se registam mais incumprimentos (216) seguido de Setúbal (178) e Santarém (175). Comparado com período homólogo, houve menos 822 notificações.

Na sua totalidade, entre 1 de janeiro de 2018 até ao início de agosto de 2021, foram detidas 224 pessoas por incêndios florestais e 2261 foram identificadas pela prática do crime.

Número de grandes incêndios aumentam e 64% dos fogos ocorre por uso negligente do fogo

Segundo o último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) a que o diário teve acesso, ocorreram 20 grandes incêndios este ano, o maior número desde 2017 (46), que consumiram 3475 hectares — o que corresponde a 29% da área ardida este ano.

O documento também indica que 64% dos incêndios tem origem no uso negligente do fogo, como queimadas ou queimas de sobrantes agrícolas. Seguem-se os incêndios deflagrados propositadamente (14%) e os reacendimentos (4%).

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