Um estudo científico que envolveu duas dezenas de investigadores da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), e que contou ainda com colaboração da Unilabs, afirma que as vacinas que recorrem a RNA mensageiro, as da Pfizer e Moderna, são menos eficazes a prevenir a infeção pela variante Delta do que pela Alpha. Este estudo, que foi divulgado pelo Expresso, foi publicado no domingo na plataforma MedRxix e ainda precisa de ser revisto por outros cientistas.

A investigação teve como base a análise de 2.097 casos positivos de SARS-CoV-2 e teve como objetivo averiguar a infeção (não a doença) das variantes Alpha e Delta. Segundo os dados divulgados, o risco de infeção da variante Delta em pessoas vacinadas é cerca do dobro do risco de infeção quando comparado com a variante Alpha. Desta forma, esta investigação conclui que a variante Delta tem cargas virais maiores do que a Alpha quando infeta pessoas vacinadas.

Os dados deste estudo não “podem estimar a efetividade contra doença sintomática” devido à amostra em causa ter pessoas sintomáticas e assintomáticas. Independentemente dos resultados, uma coisa continua a parecer ser certa: quem está vacinado está mais protegido do que quem não está.

“Estas conclusões podem ajudar os decisores a pesar a aplicação ou levantamento de medidas de controlo e a ajustar o avanço da vacinação, dependendo da predominância da variante Delta e da cobertura parcial ou total da vacinação com vacinas mRNA”, refere o jornal, citando o estudo em questão.

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