O candidato do Partido Democrático Republicano (PDR) à presidência da Câmara de Lisboa fez esta sexta-feira um balanço “muito positivo” da campanha, ressalvando que não tem “medo” de ter poucos votos porque o mais importante foi ter apresentado ideias.

“Nós não temos medo de ter poucos votos ou não temos a ambição de ter muitos. O que queremos é que as pessoas no futuro possam dizer aquele partido apresentou aquela ideia, que era boa para a cidade”, afirmou Bruno Fialho, em declarações esta tarde à agência Lusa.

O cabeça de lista do PDR à Câmara Municipal de Lisboa dedicou o último dia de campanha a uma ação na Praça do Martim Moniz, para contestar a ciclovia construída na Avenida Almirante Reis.

A pequena comitiva que acompanhava Bruno Fialho pretendia ocupar as duas ciclovias da Rua da Palma até ao Largo do Intendente, mas não obteve autorização da PSP e da Polícia Municipal.

“A iniciativa pretendia chamar a atenção para o crime que são estas ciclovias. Nós não somos contra ciclovias, pois na Europa há ciclovias bem feitas, bem construídas, com segurança. Estas, como podemos ver, são inseguras, provocam danos à economia, nomeadamente aos comerciantes”, apontou.

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Segundo o candidato do PDR, “90% dos utilizadores das ciclovias são de trotinete” e que por isso o dinheiro investido nas ciclovias “deveria ter sido aplicado na mobilidade daqueles que não têm mobilidade”.

“Eu apelava ao senhor Fernando Medina que metesse a mão na consciência. Não há qualquer problema em dizer que erramos. Retificar um erro é algo de homem”, sublinhou.

Ainda em jeito de balanço sobre a campanha, Bruno Fialho lembrou o facto de o partido ter sofrido “alterações profundas”, com saída da presidência do fundador (António Marinho e Pinto).

“O objetivo era criar bases sustentáveis para o futuro. Participamos em 22 concelhos, mais do que há quatro anos. O nosso partido não morreu, como estava vaticinado. Está em crescimento”, acrescentou.

Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (PCP), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).

As eleições para os cidadãos escolherem a configuração de executivos municipais, assembleias locais e juntas de freguesia estão marcadas para domingo.

Em Portugal, há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira) e 3.092 freguesias (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).