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Tiago Pitta e Cunha é o vencedor do Prémio Pessoa

Este artigo tem mais de 2 anos

Administrador da Fundação Oceano Azul, antigo conselheiro da Presidência, Pitta e Cunha foi considerado pelo júri "uma das personalidades mais relevantes" no pensamento e ação sobre Mar e Oceanos.

Tiago Pitta e Cunha, de 54 anos, foi distinguido pelo empenho "na luta pela necessária mudança de atitude" humana "em relação aos assuntos do Mar e dos Oceanos"
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Tiago Pitta e Cunha, de 54 anos, foi distinguido pelo empenho "na luta pela necessária mudança de atitude" humana "em relação aos assuntos do Mar e dos Oceanos"

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Tiago Pitta e Cunha, de 54 anos, foi distinguido pelo empenho "na luta pela necessária mudança de atitude" humana "em relação aos assuntos do Mar e dos Oceanos"

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

O Prémio Pessoa foi atribuído este ano a Tiago Pitta e Cunha. O anúncio acaba de ser feito oficialmente, em conferência de imprensa online.

O júri decidiu assim distinguir o antigo conselheiro do Presidente Cavaco Silva para os assuntos do mar. Tiago Pitta e Cunha, de 54 anos, passou também por Bruxelas, em particular pelo gabinete do Comissário Europeu para os Assuntos Marítimos — onde coordenou a Política Marítima Integrada da União Europeia — e pela ONU, onde representou Portugal e a UE em diversos organismos internacionais dedicados aos assuntos marítimos.

Licenciado em direito, nascido em Lisboa, Pitta e Cunha é o Administrador Executivo do Conselho de Administração da Fundação Oceano Azul desde a sua criação, em 2017. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, que visa contribuir para a conservação e utilização sustentável dos oceanos e para servir de suporte à definição de “políticas que permitam a coexistência do desenvolvimento humano com a proteção dos oceanos”.

Crítico da forma de governação atual do mar, também defensor da ideia de que “a evolução da nossa espécie foi sempre uma luta desenfreada contra a natureza” e de que “estamos num momento crítico” — como explicava em 2019 em entrevista ao Observador — Pitta e Cunha tem vindo a alertar também contra os efeitos nocivos da produção de plástico. Nessa entrevista, sugeria mesmo: “Tem de ser mais caro produzir plástico”.

Tiago Pitta e Cunha. “Há mais subsídios para a indústria petrolífera do que para a educação”

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“Talento e saber” que servem “causas públicas de valor universal”

Tiago Pitta e Cunha foi considerado pelo júri do Prémio Pessoa, que divulgou publicamente a ata da decisão, como “uma das personalidades mais reconhecidas e relevantes — em Portugal, na Europa e no plano internacional — na luta pela necessária mudança de atitude das sociedades humanas em relação aos assuntos do Mar e dos Oceanos“.

A sua visão transformadora envolve as políticas públicas, mas também os valores éticos, as atitudes, os comportamentos que são gerados pela cultura, pela educação, pelas novas exigências de literacia científica, que a complexidade do nosso tempo nos exige”, lê-se ainda na ata do júri.

Os jurados defendem ainda que “os assuntos do Mar e dos Oceanos têm estado presentes” na atividade profissional de Tiago Pitta e Cunha “com a intensidade de uma escolha vocacional”, lembrando que desempenhou “cargos nacionais e internacionais, nomeadamente na ONU, na Comissão Europeia e como Consultor do Presidente da República”.

Elogiando “o rigor e a persistente coerência de mais de duas décadas e meia dedicadas integralmente a trazer a importância do Mar para a agenda política e cultural nacional, europeia e global“, o júri do Prémio Pessoa enaltece ainda Tiago Pitta e Cunha pela “unidade entre pensamento e ação” e por “uma liderança baseada no exemplo e na partilha de responsabilidades”.

Tiago Pitta e Cunha, fotografado pelo Observador em 2019 (@JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Na ata lê-se ainda que Tiago Pitta e Cunha e a Fundação Oceano Azul “têm impulsionado a criação de alianças entre múltiplos interesses públicos e privados, traduzindo-se, em especial mas não exclusivamente, na criação de vastas áreas de proteção dos ecossistemas marinhos, contrariando a tendência ainda dominante para a sua degradação”.

O atual Administrador Executivo do Conselho de Administração da Fundação Oceano Azul é ainda elogiado pelo trabalho já feito pela Fundação em 2021. Nomeadamente, pela “proposta, cientificamente fundamentada, de criação de uma Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário, o Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado”, pelo “alargamento da Área Marinha Protegida das Selvagens, a maior do género no Atlântico Norte” e pelo “anúncio, em 3 de Dezembro, pelo Governo Regional dos Açores, do objetivo de criar, até 2023, uma vastíssima Área Marinha Protegida de 300 000 Km2”.

O Júri do Prémio Pessoa considera que através do reconhecimento da ação e personalidade de Tiago Pitta e Cunha se pretende, igualmente, distinguir e estimular todos aqueles que colocam o seu saber e talento ao serviço de causas públicas de valor universal, aumentando com isso a viabilidade de uma cultura voltada para a cooperação coletiva, fator crítico de que dependerá, em grande medida, a superação das ameaças existenciais contemporâneas”, remata o júri.

Os anteriores vencedores, o valor do prémio e a composição do júri

Esta era a 35ª edição do Prémio Pessoa, uma iniciativa do semanário Expresso que visa distinguir cidadãos portugueses que desempenhem um papel significativo na vida cultural e científica do país. O prémio tem o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e consagra ao vencedor uma soma monetária de 60 mil euros.

O mais recente vencedor junta-se assim a uma lista de premiados que inclui a cientista Elvira Fortunato e o encenador e antigo diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues, os mais recentes vencedores (respetivamente em 2020 e 2019).

O prémio, que começou a ser entregue em 1987, já tinha distinguido previamente personalidades de muitas áreas distintas, da ciência (por exemplo, Maria Manuel Mota) à literatura e filosofia (António Ramos Rosa, Eduardo Lourenço, Vasco Graça Moura, José Cardoso Pires, Fernando Gil, Frederico Lourenço), passando pela história (José Mattoso, Irene Flunser Pimentel), música (Maria João Pires), teatro (Luís Miguel Cintra), arquitetura (Eduardo Souto Moura) e escultura (Rui Chafes), entre outras.

O júri foi composto este ano por Francisco Pinto Balsemão, que o preside, Emílio Rui Vilar (vice-presidente), Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.

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