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Mapa da guerra. O que aconteceu no 77.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 1 ano

Ucrânia suspende ponto de distribuição de gás russo para a Europa. Bombardeamentos em regiões estratégicas para a Rússia continuam, mas Ucrânia diz que fez avanços em Kharkiv.

UKRAINE RUSSIA REBUILDING
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The Washington Post via Getty Im

The Washington Post via Getty Im

O 77.º dia de guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, começa com bombardeamentos em várias cidades ucranianas, consideradas estratégicas para Moscovo, para conseguir avançar no território ucraniano.  Por exemplo, foram registados bombardeamentos em Sloviansk, a lesta da Ucrânia. O domínio desta cidade permitiria um avanço russo para sul da Ucrânia. 

Este dia fica também marcado pelo anúncio ucraniano do encerramento de um dos principais pontos de distribuição de gás russo para a Europa. Este ponto está situado em Sokhranivka, zona controlada pela Rússia.

Sumy e Chernihiv bombardeadas durante a madrugada

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As forças russas continuam a concentrar-se na zona leste, junto à fronteira com a Rússia e, olhando para o mapa, registam-se ataques em várias zonas do país, como Lviv, por exemplo, mas é nas regiões sul e leste que os militares estão em grande número. 

Pode também acompanhar no nosso liveblog os principais acontecimentos do dia.

O que aconteceu durante a tarde e a noite:

  • governo ucraniano esteve reunido esta quarta-feira com Michael McFaul, ex-assessor de segurança nacional da presidência dos Estados Unidos e antigo embaixador dos Estados Unidos na Rússia. Michael McFaul está a dar ajuda diplomática à Ucrânia para para conquistar mais apoio internacional e impor o cumprimento das sanções à Rússia.
  • As autoridades pró-Rússia instaladas na região de Kherson disseram hoje que vão começar a emitir passaportes russos para todos os moradores da região que pretendam obter o documento.
  • Pela primeira vez, um civil terá morrido na Rússia na sequência de um ataque ucraniano à vila de Solohki. O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que uma pessoa morreu e três ficaram feridas.
  • O primeiro-ministro britânico e o secretário-geral da NATO falaram hoje por telefone. “Boris Johnson elogiou Jens Stolternberg pela sua liderança em tempos tão desafiantes. O secretário-geral agradeceu pelo apoio tão decisivo à Ucrânia”, disse um porta-voz de Downing Street.
  • No Dia da Vitória, o embaixador russo em Varsóvia foi atingido com tinta vermelha. Dois dias depois, a fachada da embaixada polaca em Moscovo foi também pintada de vermelho, num ato de retaliação.
  • Rússia anunciou sanções a 31 empresas sediadas em países como Alemanha, França, Estados Unidos e Singapura. Entre elas estão antigas filiais europeias da Gazprom e companhias de instalação e armazenamento de gás.
  • A Ucrânia pediu à Rússia que considere a troca de soldados gravemente feridos na fábrica de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, por prisioneiros de guerra russos.
  • O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse hoje não acreditar que Vladimir Putin queira enfrentar militarmente a NATO. Boris Johnson repetiu que a NATO “não representa uma ameaça para ninguém”, ao contrário do que a Rússia afirma.
  • Sauli Niinisto, Presidente da Finlândia, disse que o homólogo russo devia olhar-se ao espelho caso o país entre mesmo na NATO, sugerindo que a candidatura foi precipitada pela própria Rússia quando aumentou a tensão com o Ocidente ao invadir a Ucrânia.
  • O autarca de Mariupol, Vadym Boichenko, disse hoje que a Rússia tornou a cidade portuária num “gueto medieval”. Sobre a fábrica de Azovstal, o responsável diz que é o “inferno da terra”.
  • Cerca de 4,8 milhões de ucranianos perderam os seus empregos desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
  • António Guterres disse hoje que fez “todo o sentido falar com o líder da Rússia” e “conversar com quaisquer outros atores relevantes na crise atual” na Ucrânia.
  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, avisou hoje que a Ucrânia sofrerá as consequências da invasão da Rússia “nos próximos 100 anos”.
  • Polícia Nacional já deteve 757 pessoas e identificou 88 unidades de sabotagem que estavam a transmitir informações sobre o território ucraniano às forças russas.
  • O secretário-geral da ONU disse hoje que está profundamente preocupado com a disseminação da fome em diferentes partes do mundo devido à escassez de alimentos como consequência da guerra na Ucrânia. Por cá, o Governo anunciou que apoio de 60 euros para fazer face ao aumento dos preços dos alimentos vai, afinal, chegar a 200 mil famílias em maio, uma revisão em alta face aos 68 mil inicialmente anunciados.
  • Rússia exigiu hoje um “pedido de desculpas formal” à Polónia, após o embaixador russo em Varsóvia, Sergey Andreev, ter sido atingido com tinta vermelha na segunda-feira, dia em que celebrou o Dia da Vitória.

O que aconteceu durante a manhã:

  • O autarca da cidade de Kharkiv, Oleg Synegubov, avisou esta quarta-feira que as tropas russas deixaram “armadilhas mortais” naquele território depois de abandonarem a cidade.
  • Os militares que fazem parte do batalhão Azov, e que estão ainda dentro da fábrica de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, utilizaram a sua conta no Telegram para pedir ajuda para conseguirem sair do complexo industrial, em direção a uma zona controlada pelas forças ucranianas;
  • As forças russas realizaram na noite de terça-feira mais de 500 ataques contra alvos militares na Ucrânia e destruíram 17 depósitos de munições, além de 59 unidades de material militar, divulgou hoje o Ministério da Defesa ucraniano;
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje num discurso feito ao instituto Sciences Po em Paris que a Ucrânia está pronta para “conduzir” as negociações da paz, desde que “não seja tarde demais”;
  • Um polícia da cidade ucraniana de Kharkiv foi detido por suspeitas de estar a colaborar com a Rússia. O jornal Kyiv Independent avança que o agente forneceu dados sobre os militares da Ucrânia ao Serviço de Segurança da Federação russa;
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, disse esta quarta-feira que a Rússia não quer uma guerra na Europa. “Se estão preocupados com a perspetiva de uma guerra na Europa, não queremos isso de todo”, disse Lavrov. “Chamo a vossa atenção para o facto de o Ocidente estar constante e persistentemente a dizer que, nesta situação, é necessário derrotar a Rússia.”
  • Na mesma conferência de imprensa em Muscat, Omã, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que Moscovo tem compradores suficientes para os seus combustíveis fósseis além do Ocidente;
  • A Rússia disse que acompanha de perto qualquer alteração na configuração da NATO perto das suas fronteiras, quando se espera uma decisão da Suécia e da Finlândia sobre se apresentam um pedido de adesão à Aliança Atlântica. “Tudo o que está relacionado com ações que podem de alguma forma mudar a configuração da Aliança nas nossas fronteiras, estamos a observar com muito cuidado. É um assunto muito, muito minucioso de análise”, sublinhou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov;
  • O secretário-geral da ONU disse que não há perspetivas de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia “num futuro próximo”, sublinhando estar pronto para ajudar a encontrar uma solução de paz de acordo com o direito internacional;
  • As autoridades pró-russas que dominam o sul de Kherson, na Ucrânia, dizem que vão apelar a Putin para considerar a região parte da Rússia. “Vai haver um pedido para que a região de Kherson para ser parte de pleno direito da federação russa”, disse Kiril Stremousov, um oficial da zona controlada pelas tropas de Moscovo.
  • As forças russas destruíram 101 hospitais e danificaram ou capturaram cerca de 200 ambulâncias em todo o país desde o início da invasão;
  • As autoridades da autoproclamada República Popular de Donetsk, cuja independência foi reconhecida por Moscovo antes do início da guerra, dizem que já não há civis dentro do complexo industrial da Azovstal, em Mariupol;
  • A autoproclamada República de Donetsk bloqueou o acesso ao Facebook e ao Instagram. “O acesso aos recursos de informação da empresa americana Meta, que permite apelos à violência contra os utilizadores de língua russa nas suas redes sociais, já foi bloqueado”, anunciou hoje o Ministério das Comunicações da região separatista pró-russa em comunicado, citado pela agência Reuters. Em Lugansk foi tomada uma decisão semelhante;
  • Decorreu esta manhã no Parlamento a audição do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna no âmbito do caso da receção de refugiados ucranianos, na Câmara de Setúbal, por funcionários russos alegadamente simpatizantes do regime de Vladimir Putin. Paulo Vizeu Pinheiro escudou-se no segredo de Estado para não avançar mais detalhes sobre o caso;
  • A notícia sobre os ucranianos que foram recebidos por russos pró-Putin na Câmara Municipal de Setúbal já chegou à imprensa ucraniana. Pelo menos cinco jornais sediados na Ucrânia citaram a notícia da agência Reuters, publicada ontem;
  • A Hungria alertou para o perigo das propostas relacionadas com as sanções da União Europeia contra a Rússia. Peter Szijjarto, ministro dos Negócios Estrangeiros, referiu, num vídeo publicado no Facebook e citado pela Sky News, que as sanções sobre o petróleo russo podem destruir a economia da Hungria;
  • Um soldado russo será julgado por suspeitas de ter assassinado um civil na região ucraniana de Sumy, disse a Procuradora-Geral do país, segundo a Interfax Ucrânia. Segundo Iryna Venediktova, o militar russo de 21 anos terá matado um civil desarmado na aldeia de Chupakhivka, em Sumy, em 28 de fevereiro;
  • O Papa Francisco conversou esta manhã no Vaticano com Kateryna Prokopenko e Yulya Fedosiuk, duas mulheres ucranianas casadas com militares do Batalhão Azov, que lhe pediram ajuda para resgatar os seus maridos da fábrica da Azovstal, em Mariupol, onde continuam retidos;
  • Os primeiros-ministros do Japão e da Finlândia, Fumio Kishida e Sanna Marin, expressaram hoje a sua preocupação comum com a invasão da Ucrânia pela Rússia e afirmaram a sua vontade de “responder com firmeza” ao conflito;
  • A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o programa de compra de dívida deve terminar no início do terceiro trimestre e juros podem subir “poucas semanas depois”;
  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a homóloga sueca, Magdalena Andersson, anunciaram hoje um acordo de defesa e proteção mútua em caso de agressão, antes da decisão da Suécia sobre a adesão à NATO;
  • Portugal importou mais de 100 milhões de euros em fuelóleo da Rússia depois da invasão da Ucrânia. Só no mês de março, Portugal importou mais de 100 milhões de euros em fuelóleo, o valor mais elevado desde 2000. A guerra na Ucrânia não fez abrandar as importações da Rússia;
  • Porque é que morreram pelo menos 80 golfinhos no Mar Negro desde o início da guerra na Ucrânia? O aumento da poluição sonora pode ter provocado a mudança nas rotas habituais dos golfinhos do Mar Negro. Estão a ir para as costas turca e búlgara, onde pelo menos 40 ficaram presos em redes de pesca.

O que aconteceu durante a madrugada e início da manhã:

  • Pela primeira vez, a Ucrânia anunciou a suspensão de um ponto de distribuição de gás russo para a Europa. Esta distribuição será transferida para outro ponto do território ucraniano controlado pela Ucrânia.
  • Só ontem, apontam os dados oficiais ucranianos, terão morrido 350 militares russos. No total, desde 24 de fevereiro, dia do início da invasão da Rússia à Ucrânia, terão morrido mais e 26 mil soldades de Moscovo.
  • A cidade de Sloviansk é um ponto estratégico no plano russo, já que permite o acesso à zona sul da Ucrânia, e foi esta quarta-feira alvo de ataques de mísseis por parte das forças russas.
  • Também as regiões de Sumy e Chernihiv foram bombardeadas durante a noite e os ataques terão sido feitos a partir de aldeias russas. Estas duas regiões situam-se junto à fronteira com a Rússia.
  • Ainda sobre ataques russos, o Ministério da Defesa do Reino Unido alertou para os bombardeamentos na Ilha da Serpente, que continuam.
  • No seu discurso diário, Zelensky adiantou que a Ucrânia está a registar avanços na cidade de Kharkiv. “Os ocupantes estão, gradualmente, a ser expulsos”, acrescentou.
  • Os Estados Unidos descartaram a utilização de mísseis hipersónicos pela Rússia em Odessa. “Nada indica que tenham sido usados em Odessa”, referiu o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
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