A Rússia anunciou que acusou 12 oficiais que enviaram “erradamente” cerca de 600 recrutas para a guerra na Ucrânia.

A notícia foi avançada esta terça-feira pela agência estatal de notícias russa TASS, que cita um procurador russo.

Cerca de 600 recrutas da Região Militar Ocidental estiveram erradamente envolvidos na operação militar na Ucrânia e todos voltaram à Rússia tão rapidamente quanto possível. Doze oficiais responsáveis pelo seu envio para o estrangeiro foram repreendidos”, lê-se na notícia da TASS.

Segundo a agência, o Presidente russo descartou o uso de recrutas na Ucrânia, mas em março surgiram relatados da “presença de recrutas em unidades militares na operação especial militar”. O Presidente russo “emitiu ordens para encaminhar todos os casos para a Procuradoria Militar para punir os responsáveis.”

Segundo o El País, o pai de um recruta russo que estaria a bordo do navio de guerra Moskva e que morreu em abril foi um dos responsáveis pela descoberta do envio de soldados em formação para a Ucrânia.

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Depois de Yegor Shkrebets ter morrido a bordo do Moskva, o seu pai, Dmitri Shkrebets, tentou saber o paradeiro do filho. Embora Dmitri não critique a ofensiva russa na Ucrânia, o pai tem procurado apurar responsabilidades, “incluindo no alto comando da frota do Mar Negro”.

O navio onde servia Y.D. Shkrebets não entrou em águas territoriais da Ucrânia nem está incluído na lista de unidades e formações militares envoltas na operação especial militar”, afirmaram a Dmitri as autoridades russas no início de maio. “A 13 de abril de 2022, durante uma emergência que levou ao seu naufrágio, este [Yegor] desapareceu. A busca não deu resultado positivo e a localização do seu filho é desconhecida.”

O pai de Yegor afirmou querer “lutar contra um muro de silêncio nas forças armadas”, distinguindo, contudo, entre os altos comandos, e as patentes intermédias.