Os principais bancos ingleses, como o Barclays, o TSB, o Lloyds e o Santander, estão a exigir ao Facebook, ao Google e a outras gigantes tecnológicas centenas de milhões de libras. O dinheiro visa reembolsar vítimas burladas nas redes sociais.

As instituições bancárias alertaram que as empresas de tecnologia não estão a fazer a sua parte para combater as ondas de fraude online que se verificam no Reino Unido, escreve o The Telegraph.

Atualmente, os bancos ingleses aderem, voluntariamente, a um eventual reembolso que se processa quando existe uma burla e o dinheiro do cliente não pode ser recuperado. Segundo o acordo assinado, as empresas tecnológicas são obrigadas a dar o seu contributo, o que, segundo as instituições de crédito, não se tem verificado. Dos 583 milhões de libras (cerca de 685 milhões de euros ao câmbio deste sábado) perdidos em 2021, apenas menos de metade foi devolvido aos clientes.

Ao jornal, Sian McIntyre, diretor da secção de crimes económicos do Barclays, disse que as “empresas que permitem fraudes nas suas plataformas ou serviços deviam colocar dinheiro nesse pote. Se um cliente clicar num anúncio criminoso nas redes sociais, será hospedado por uma empresa de tecnologia e, quando a vítima abrir mão do seu dinheiro, o banco deve tentar bloquear as transações”.

De acordo com dados recolhidos pelo Barclays, mais de três quartos das burlas acontecem nas redes sociais, sites de leilão e em aplicações de “dating”.

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