O lucro da Cofina cresceu 67,1% no primeiro semestre, face a igual período de 2021, para 3,3 milhões de euros, divulgou esta quinta-feira a dona do Correio da Manhã e do Jornal de Negócios, entre outros.

O forte crescimento registado nas receitas de publicidade, superior em 22% face ao mesmo período de 2021, com destaque para o crescimento de 40,7% na CMTV, conduziram a Cofina a um incremento de receitas de 5,9% nos primeiros seis meses deste ano para 37,6 milhões de euros”, referiu a Confina em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas de publicidade subiram 22,3% para 13,5 milhões de euros e as de circulação recuaram 7,5% para 14,7 milhões.

Os custos operacionais registaram um aumento de 7,1% atingindo 31 milhões de euros. Este aumento de custos reflete o investimento realizado na cobertura da guerra na Ucrânia, mas também a inflação generalizada de preços, nomeadamente no custo do papel, eletricidade e combustíveis, este último tem provocado um acréscimo dos custos de distribuição”, explica.

Em igual período, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu os 6,6 milhões de euros, uma progressão de 0,3% em termos homólogos.

No final de junho, “a dívida líquida nominal da Cofina era de 31,6 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de aproximadamente 6,5 milhões de euros relativamente à dívida líquida nominal registada a 30 de junho de 2021, e uma redução de 2,3 milhões de euros face à dívida nominal líquida registada no fecho do ano de 2021″.

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As receitas totais da CMTV atingiram os 9,7 milhões de euros, “o que corresponde a um aumento de 19,7% face ao período homólogo de 2021”. Já as receitas de publicidade de televisão “cresceram 40,7% e atingiram 5,6 milhões de euros”.

As receitas provenientes de fees de presença e outros atingiram 4,1 milhões de euros.

Os custos operacionais subiram 14,1% devido “não apenas à inflação generalizada de custos, mas também ao acréscimo significativo de custos decorrentes do investimento realizado na cobertura no terreno da guerra na Ucrânia, com o objetivo de, também em cenários internacionais, a CMTV assegurar a liderança da cobertura informativa”, explica a Cofina.

O EBITDA da televisão foi de 2,7 milhões de euros, mais 37,3% face a igual período de 2021.

Durante o primeiro semestre de 2022, o canal CMTV reforçou o seu peso enquanto quarto maior canal generalista, com o share de 4,4%, só ultrapassado por três canais generalistas presentes” em sinal aberto, adianta, enquanto no cabo “é líder destacado, com um share de cerca de 8,4%”.

Na imprensa, que inclui os jornais diários Correio da Manhã, Record e Jornal de Negócios, as revistas Sábado e TV Guias e os respetivos sites, bem como a área de Boost (eventos, activation e publishing), as receitas totais “atingiram cerca de 27,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 1,8% face ao período homólogo”.

As receitas associadas à circulação caíram 1,2 milhões de euros (para 14,7 milhões) e as provenientes de publicidade e associadas aos produtos de marketing alternativo e outros registaram aumentaram 12% e 18,7%, para 7,9 milhões de euros e 5,2 milhões de euros, respetivamente.

Os custos operacionais totalizaram 24 milhões de euros, “registando um aumento de 5,3%, explicado sobretudo pelo aumento de preços não previsto, nomeadamente no papel, eletricidade e combustíveis, que impactam negativamente os custos de produção e distribuição”, adianta a Cofina.

O EBITDA do segmento imprensa somou 3,9 milhões de euros, “uma redução face aos 4,6 milhões verificado um ano antes”.

Resultados da Cofina “confirmam o excelente desempenho” dos títulos e da aposta na CMTV

O administrador executivo da Cofina Media Luís Santana afirmou que os resultados da empresa “confirmam o excelente desempenho” dos títulos e da aposta na CMTV, “num contexto muito desafiante”.

Os resultados da Cofina confirmam o excelente desempenho dos nossos títulos e da nossa aposta na CMTV, num contexto muito desafiante, em particular devido à pressão que a inflação coloca em custos essenciais à nossa atividade, nomeadamente na área de imprensa com o custo do papel, da eletricidade e dos combustíveis”, afirma Luís Santana, citado em comunicado.

No primeiro semestre, “realizamos um forte investimento na cobertura no terreno da guerra na Ucrânia, de modo a garantir que os nossos leitores e espetadores pudessem ter informação ao momento do que estava a acontecer no teatro das operações, e que permitiu uma cobertura em direto dos acontecimentos”, salienta o gestor.

A Cofina “continua a reforçar a sua liderança nos seus vários segmentos, com a CMTV a consolidar a preferência dos portugueses e a apresentar crescimentos muito robustos, premiada com o reforço dos nossos anunciantes”, conclui o administrador executivo.