“Trânsito intenso.” Esta foi a justificação dada pelo gabinete do Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, para que o chefe de Estado não tivesse prestado homenagem à Rainha Isabel II na Abadia de Westminster, embora estivesse numa visita oficial ao Reino Unido. A ausência está a ser usada pela oposição sul-coreana sob argumento de que”diminuiu o prestígio nacional”.

Como explica a Reuters, o trânsito na capital britânica foi alvo de uma operação de controlo pelas autoridades, ao mesmo tempo que milhares de britânicos faziam fila para prestar uma última homenagem à Rainha. Isso fez com que fosse bastante difícil chegar de carro à zona da Abadia de Westminster. O Presidente francês Emmanuel Macron, por exemplo, deslocou-se a pé ao local.

Eleito em maio, Yoon Suk-yeol tem visto a sua popularidade diminuir na Coreia do Sul por causa de várias polémicas. Nos últimos dias, a imprensa de Seul divulgou um vídeo em que o Presidente insultava, em conversa com os assessores, o homólogo norte-americano, Joe Biden. Park Hong-keun, líder do Partido Democrata (o maior da oposição), descreveu o sucedido como um “acidente diplomático difamador que feriu a dignidade nacional”.

A Coreia do Sul considera os Estados Unidos um dos seus principais aliados e as declarações de Yoon Suk-yeol foram até encaradas pelo seu próprio partido (o Conservador) como “lamentáveis” — ainda que o gabinete de Presidente sul-coreano tenha alegado que o chefe de Estado, naquela conversa, não se referia diretamente a Joe Biden.

Acusado pela oposição de embaraçar a Coreia do Sul diante da comunidade internacional, Yoon Suk-yeol viu a sua taxa de aprovação descer dos 33 para os 28% em apenas uma semana, informa o Guardian. E está a tornar mais difícil a sua relação com o Parlamento, que é controlado pelo Partido Democrata.

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