O Irão assistiu este sábado a novas manifestações estudantis e greves em empresas, apesar do aumento da repressão, sete semanas após a morte de Mahsa Amini, adiantaram defensores dos direitos humanos.

Segundo ativistas, as forças de segurança usaram este sábado novos métodos contra os manifestantes nas universidades de Teerão, revistando estudantes e obrigando aqueles que usavam máscara a retirá-la para os identificar.

Apesar disso, os estudantes protestaram na Universidade Islâmica de Mashhad, no nordeste do Irão, gritando “Eu sou uma mulher livre, vocês são os pervertidos”, segundo um vídeo divulgado pela BBC Persian.

“Morre um estudante, mas não aceita a humilhação”, gritaram estudantes da Universidade Gilan, em Rasht, no norte do Irão, num vídeo enviado por um ativista.

Os protestos na cidade começaram depois da violação, em junho, de uma menina balúchi por um polícia, tendo-se alastrado depois com a morte de Amini, em 16 de setembro.

Quatro membros das forças de segurança também foram mortos em 30 de setembro, dia que ficou conhecido como Sexta-feira Negra de Zahedan e que levou à demissão imediata de agentes de segurança por uso de força excessiva contra manifestantes.

A escala dos protestos, descritos como motins pelas autoridades iranianas, não tem precedentes no Irão desde a revolução islâmica de 1979.

Dezenas de pessoas, sobretudo manifestantes, mas também membros das forças de segurança, foram mortas desde o início do protesto, segundo as autoridades. Centenas de outras pessoas, incluindo mulheres, foram presas.

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