A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse esta quinta-feira ao Comité de Finanças do Senado que o sistema bancário do país “permanece sólido” e que os americanos “podem sentir-se confiantes” no que respeita aos depósitos.

As declarações de secretária do Tesouro, citadas pela Associated Press (AP), surgem uma semana após o segundo maior colapso bancário da história dos Estados Unidos.

Yellen é a primeira autoridade do Governo de Joe Biden a enfrentar os legisladores sobre a decisão de proteger o dinheiro não segurado em dois bancos regionais falidos, uma medida que alguns republicanos criticaram como um “resgate” bancário.

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Em depoimento perante aquele Comité, a secretária do Tesouro afirmou que “o Governo tomou medidas decisivas e enérgicas para fortalecer a confiança do público” no sistema bancário dos EUA.

“Posso assegurar aos membros do Comité que o nosso sistema bancário permanece sólido e que os americanos podem sentir-se confiantes de que os seus depósitos estarão disponíveis quando precisarem deles”, asseverou.

Em menos de uma semana, o Silicon Valley Bank (SVB), com sede em Santa Clara, Califórnia, faliu após os clientes terem corrido a retirar dinheiro, face às preocupações com a situação do banco.

Depois, os reguladores reuniram-se e decidiram declarar a falência do Signature Bank, com sede em Nova Iorque, garantindo que todos os depósitos, incluindo aqueles com fundos não segurados superiores a 250.000 dólares (cerca de 236 milhões de euros), estarão protegidos por um seguro federal de depósito.

Desde então, o Departamento de Justiça e a Comissão de Valores Mobiliários iniciaram investigações sobre o colapso do SVB.

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A audiência desta quinta-feira, destinada a abordar a proposta de orçamento do Presidente Joe Biden, ocorre após o colapso repentino do 16.º maior banco do país e instituição financeira para empreendedores de tecnologia.

Enquanto Yellen se preparava para falar sobre propostas de gastos, a audiência inevitavelmente insistia no processo de tomada de decisão do Governo para intervir na falência do banco.

“Os nervos certamente estão à flor da pele neste momento”, disse o senador Ron Wyden, presidente do Comité. “Uma das medidas mais importantes que o Congresso pode tomar agora é garantir que não haja dúvidas sobre a plena fé e crédito dos Estados Unidos”, acrescentou, referindo-se ao aumento do teto da dívida.

No domingo, Yellen afirmou, no programa “Face the Nation”, da CBS, que um resgate não estava sobre a mesa, afirmando: “Não vamos fazer isso de novo”, referindo-se à resposta do Governo dos EUA à crise financeira de 2008, que levou a massivas políticas de resgate do Governo para grandes bancos dos EUA.

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Yellen, ex-presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) e da Reserva Federal de São Francisco durante a crise financeira de 2008, foi uma figura importante na resolução do fim de semana passado, que foi projetada para evitar um problema sistémico mais amplo no setor bancário.

“As ações desta semana demonstram o nosso compromisso resoluto em garantir que as economias dos depositantes permaneçam seguras”, disse a secretária do Tesouro.