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Na semana passada, os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram uma nova força marítima com o apoio de vários aliados. Porém, a situação tem mudado nos últimos dias e alguns países não querem estar associados aos EUA, que querem responder aos ataques dos Houthis.

Segundo a Reuters, Joe Biden queria responder ao grupo armado, mas está a ter dificuldades porque dois dos aliados europeus, Itália e Espanha, decidiram distanciar-se da missão “Guardião da Prosperidade”. Os aliados mostraram relutância em associarem-se ao movimento pelas fissuras criadas pelo conflito em Gaza e ao apoio da administração de Biden a Israel.

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De acordo com o ministério da Defesa italiano, o país enviou uma fragata naval para o Mar Vermelho para proteger os seus interesses nacionais, algo que já fazia parte das operações existentes, colocando-se assim de parte da missão “Guardião da Prosperidade”. A Defesa espanhola reiterou a mesma posição, dizendo que só participa em missões lideradas pela NATO ou coordenadas pela União Europeia. “Não participaremos unilateralmente na operação do Mar Vermelho”, partilhou o ministério, citado pela Reuters.

Para David Hernandez, professor de relações internacionais na Universidade de Madrid, “os governos europeus estão muito preocupados que parte do seu potencial eleitorado se volte contra eles”, disse o professor à mesma fonte, acrescentando que os europeus estão cada vez mais críticos em relação a Israel e receosos com o conflito.

De acordo com o Pentágono, a missão “Guardião da Prosperidade” é uma coligação defensiva com mais de 20 países que pretende garantir que o comércio circule livremente pelo Mar Vermelho. Ate ao momento, quase metade dos países não se pronunciaram em prol da missão.

Em causa estão os ataques dos rebeldes houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, que lançaram várias barreiras de mísseis e drones contra o sul de Israel nos últimos dois meses e meio, em resposta à invasão israelita de Gaza.

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