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O Presidente norte-americano considerou este domingo “aberrantes e perigosos” os comentários de Donald Trump, que disse que “encorajaria” a Rússia a fazer “o que quisesse” a países da NATO que não alcancem as metas de financiamento da aliança atlântica.

Exaltando o fortalecimento das alianças internacionais conseguidas durante o seu mandato, Biden disse que uma vitória de Trump na próximas eleições iria destruir a política externa norte-americana e dar um impulso aos inimigos dos EUA.

Se o meu adversário, Donald Trump, regressar ao poder, está a deixar claro como a água que vai abandonar os nossos aliados da NATO à sua sorte se a Rússia os atacar e vai deixar a Rússia fazer ‘o que bem quiser’ contra eles”, afirmou Biden.

Acusando o republicano de pretender “governar como um ditador” caso seja eleito, o Chefe de Estado sustentou que “a admissão de Donald Trump de que pretende dar luz-verde a Putin para mais guerra e violência, para continuar a sua brutal guerra de agressão contra uma Ucrânia livre e para expandir a sua agressão ao povo da Polónia e dos Estados bálticos é aberrante e perigosa”.

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Os comentários de Biden surgem depois de a Casa Branca ter denunciado a retórica do ex-Presidente como “desequilibrada”, e de congressistas do Partido Democrata terem dito que Vladimir Putin “estaria extasiado” com os comentários do candidato à nomeação do Partido Republicano.

O ex-Presidente e favorito à nomeação republicana, que segue à frente de Joe Biden nas sondagens para as eleições Presidenciais, disse num comício no sábado, onde chamou “delinquentes” aos países que não cumpram com a meta estabelecida, que estipula que membros da NATO devem gastar 2% dos seus orçamentos em Defesa.

Trump diz que “encorajaria” Putin a invadir países da NATO que não paguem o suficiente

“Eu disse: ‘Não pagaste, seu delinquente? Não, não vos protegeria. Na verdade, até os encorajaria a fazer o que quisessem. Vocês têm de pagar.” disse o magnata de 77 anos perante os seus apoiantes, num evento no estado da Carolina do Sul.

À margem dos comentários de Trump, o Senado dos EUA deu este domingo um passo crucial para adotar um pacote de ajuda de 95 mil milhões de dólares para a Ucrânia, Israel e Taiwan, que está parado há meses no Congresso.

A maior parte, de 60 mil milhões de dólares que correspondem a 55,6 mil milhões de euros, ajudará a Ucrânia a reabastecer os stocks de munições, armas e outras necessidades essenciais, numa altura em que o país entra no terceiro ano de guerra.

“A Ucrânia está perigosamente com as reservas em baixo, se a América não enviar ajuda à Ucrânia com este projeto de lei de segurança nacional, [o Presidente russo Vladimir] Putin tem todas as hipóteses de ser bem sucedido”, avisou o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, antes da votação.