O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) acusou esta quarta-feira a TAP de aplicar os novos acordos de empresa (AE) excluindo o pessoal de terra, o que classificou como um “irresponsável episódio” que deixará marcas.

“Materializou-se hoje [quarta-feira], dia em que os trabalhadores receberam os seus salários, uma insultuosa afronta aos trabalhadores de terra. Efetivamente, o inconcebível aconteceu. A TAP aplicou os novos acordos de empresa a todos, menos ao pessoal de terra”, apontou, em comunicado, o Sitava.

Apesar de ressalvar não estar contra o pessoal navegante ou contra as respetivas estruturas sindicais, o Sitava disse não ser de “fácil entendimento o seu silêncio” numa altura em que parte dos trabalhadores está a ser “miseravelmente discriminada”.

O sindicato também defendeu não entender os motivos que levaram a empresa a adotar esta decisão que disse, para além de discriminatória, constituir uma humilhação.

Porque diabo é que para aplicar o novo AE ao pessoal de terra são necessárias gigantescas e complexas parametrizações informáticas e para o pessoal navegante não foi? Por outro lado, além da grande complexidade informática, dizem-nos agora que tudo tem que ser feito manual e pessoalmente para cada um dos trabalhadores. Afinal em que ficamos?”, questionou.

Em junho, o Sitava iniciou uma negociação com o objetivo de acabar com os cortes salariais e aprovar um novo AE.

O sindicato lamentou ainda que a TAP tenha “apunhalado” os trabalhadores e vincou que este “irresponsável episódio” deixará marcas profundas.

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