Uma sondagem à boca das urnas na Alemanha mostra uma vitória clara do centro-direita, composto pelo partido CDU e o bávaro CSU. Os dois partidos, que geralmente concorrem coligados, obterão cerca de 30% dos votos.

Por sua vez, em segundo lugar, ficará a Alternativa para a Alemanha, a força de extrema-direita. Obterá um resultado na ordem dos 16%. A AfD supera inclusivamente o Partido Social Democrata Alemão (SPD) nesta sondagem à boca das urnas, que obterá um resultado de cerca de 14%. Partido do chanceler Olaf Scholz, o SPD, que pertence à família socialista, obtém o pior resultado de sempre numas europeias.

Em quarto lugar, e também um parceiro da coligação liderada por Olaf Scholz, ficam os Verdes, com 12%. Segue-se o partido Bündnis Sahra Wagenknecht, discordante de várias ideias da esquerda tradicional e que ainda não tem família política definida. Obterá cerca de 5,5% e fica à frente dos liberais, também parceiro de coligação de Olaf Scholz, que ficarão com 5%.

O Die Linke — partido pertencente à esquerda unitária — obterá cerca de 2,8%, estando empatado — com as mesmas intenções de voto — com o Volt, dos Verdes.

O partido de extrema-direita ganhou mais de um milhão de votos da coligação que suporta o Governo. De acordo com uma sondagem da rádio e televisão alemã.

A AfD tirou cerca de 590.000 votos aos anteriores eleitores do SPD, cerca de 450.000 ao FDP e cerca de 50.000 aos Verdes. O chanceler alemão não só tem de lidar com o pior resultado de sempre do SPD desde a sua fundação, há mais de um século, numa eleição nacional, como também tem de gerir a descida dos seus aliados da coligação.

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A atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que festejou a vitória do seu partido, a CDU (União Democrata Cristã) na Alemanha, discursou como spitzenkandidaten (candidata à presidência da Comissão Europeia de cada família política europeia) esta noite.

“É um bom dia para o PPE. Ganhámos as eleições europeias, meus amigos. Somos o partido mais forte, somos a âncora da estabilidade”, saudou Ursula von der Leyen, realçando que, “juntamente com outros” grupos políticos, vai “construir um bastião contra os extremistas da esquerda e da direita”.

“Vamos pará-los”, garantiu Ursula von der Leyen, acrescentando que o PPE será uma “âncora da estabilidade”. Antes disso, a presidente da Comissão Europeia indicou que estava “feliz” com o “excelente resultado da CDU e da CSU”. “Tínhamos os temas certos. Os eleitores confirmaram-no”, escreveu no X.

Também no X, Weber descreveu a CDU-CSU como o “baluarte” contra a extrema-direita da Alternativa para a Alemanha (AfD), que deverá ficar com 17 eurodeputados em Bruxelas. Weber aproveitou para criticar a coligação governamental do chanceler Olaf Scholz, afirmando que esta “já não consegue chegar ao povo”

Além disso, Manfred Weber dise que “os eleitores não estão a optar por este posicionamento de extrema-direita”. O PPE está a “aumentar os seus lugares [projeções apontam apontam para 181] e isso ajuda a estabilizar o centro”, sublinhou num discurso na sede de campanha do PPE em Bruxelas. “A esquerda já não tem legitimidade, as pessoas votaram no centro-direita e isso é uma boa notícia para a Europa”, afirmou