A Princesa das Astúrias vai visitar Portugal, naquela que é a sua primeira deslocação oficial ao exterior, no próximo dia 12 de julho, avançou a página da Presidência da República em comunicado.

A princesa Leonor será recebida no Palácio de Belém por Marcelo Rebelo de Sousa. Sem a companhia de qualquer membro da sua família, junto à herdeira da coroa espanhola vão estar o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, e o seu homologo português, Paulo Rangel. O programa da visita terá como foco temas prioritários tanto para Portugal como Espanha, entre eles a proteção do ambiente e a conservação dos oceanos.

Com duração de apenas um dia, a visita da princesa Leonor vai contar ainda com a participação num evento dedicado aos oceanos e com uma reunião na Embaixada de Espanha, onde se irá encontrar com um grupo de jovens espanhóis residentes em Portugal.

“A escolha de Portugal como destino da primeira viagem oficial ao estrangeiro de Sua Alteza Real a Princesa das Astúrias reflete e fortalece os laços de fraternidade e proximidade que unem os dois países”, lê-se no comunicado.

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No passado dia 31 de outubro, a filha mais velha dos reis, Leonor de Borbón, completou 18 anos e fez o juramento da Constituição no Congresso dos deputados, pendindo à nação espanhol a que confiasse nela. Depois de jurar perante os deputados, os senadores e outros titulares das instituições de Espanha que respeitará os direitos dos cidadãos e das regiões autónomas do país reconhecidos na Constituição de 1978, a princesa das Astúrias passou a reunir as condições constitucionais necessárias para aceder ao trono de Espanha, ser Rainha e chefe de Estado. Além do momento solene, o dia contou ainda com a atribuição da colar de Carlos III, a mais alta distinção de Espanha.

Esta é a segunda vez na democracia espanhola que há este juramento, depois de o pai de Leonor, Felipe de Borbón, ter feito o mesmo em 1986. Nesse ano, o então príncipe de Astúrias jurou respeitar uma Constituição aprovada num referendo popular que tinha menos de dez anos, que estabeleceu a monarquia parlamentar em Espanha e que tinha saído da designada “transição espanhola” da didatura para a democracia, após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.

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O juramento de Leonor de Borbón foi igual ao que fez o seu pai em 1986, mas o parlamento a quem se dirigiu foi bem diferente, numa Espanha que vive agora um momento político marcado pelo protagonismo de partidos nacionalistas e independentistas e onde, na última década, ganharam lugar e espaço forças extremistas, tanto de esquerda como de direita.

Se chegar à chefia do Estado, Leonor de Borbón será a primeira mulher a assumir o cargo em mais de 150 anos.