António Costa e a mulher, Fernanda Tadeu, ganharam dezenas de milhares de euros com investimentos imobiliários nos últimos dois anos. O negócio mais lucrativo foi na cidade de Lisboa, a poucos metros do Largo do Rato, onde fica a sede do PS. O primeiro-ministro comprou um andar, na rua do Sol ao Rato, por 55 mil euros — e, apenas dez meses depois, vendeu-o quase pelo dobro do valor: 100 mil euros.

O casal de idosos que vendeu a casa a Costa, Joaquim Rosa e Maria Rosa, contou que recebeu uma proposta de maior valor antes de ser concretizada a venda. Mas, mesmo assim, fecharam o negócio com o primeiro-ministro porque ficaram sensibilizados ao saberem, através de Fernanda Tadeu, que a casa “era para a filha [de António Costa] ficar a morar perto do café do irmão”. Agora, contactada pelo Observador, Maria Rosa diz-se em “choque” por saber que a casa foi vendida quase pelo dobro pouco depois e afirma que outros lucraram “à custa” do “trabalho de uma vida“. Já António Costa, em declarações ao Observador, justifica que, antes da venda, a casa foi “equipada e mobilada” e teve “pequenas obras de reparação”.

António Costa e a mulher fizeram um bom negócio, comprando barato e vendendo quase pelo dobro do valor. A compra, segundo explicaram especialistas em imobiliário ao Observador, foi feita a um preço “muito abaixo do mercado” — mas o primeiro-ministro alega que se limitou a pagar o que a imobiliária pediu. “O imóvel da Rua do Sol ao Rato, com 40 m2 de área, foi adquirido pelo preço solicitado pela agência que o comercializava, a Remax, a mesma que no ano seguinte intermediou a sua venda equipada e mobilada, após pequenas obras de reparação. A respetiva mais valia foi declarada para efeitos da liquidação do IRS relativo a 2017″, afirmou António Costa ao Observador.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.