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João Cotrim Figueiredo vai ser o cabeça de lista da IL às europeias
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João Cotrim Figueiredo vai ser o cabeça de lista da IL às europeias

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

João Cotrim Figueiredo vai ser o cabeça de lista da IL às europeias

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

João Cotrim Figueiredo: "Regresso de Passos seria um desafio e uma oportunidade"

Em entrevista, João Cotrim Figueiredo reconhece que eventual regresso do ex-primeiro-ministro teria impacto no mercado eleitoral da IL. Mas também teria vantagens no desenho de possíveis alianças.

Assume sem rodeios que falta apenas formalizar a sua candidatura como cabeça de lista da Iniciativa Liberal às próximas europeias, reconhece que a grande aposta do partido nessas eleições, mas, ao contrário do que já assumiu publicamente Rui Rocha, não se compromete a eleição de dois eurodeputados. De todo em todo, há uma certeza: se o partido falhar os mínimos olímpicos a 9 de junho de 2024, o lugar do atual presidente do partido ficará em risco.

Em entrevista ao Observador, no programa “Vichyssoise”, João Cotrim Figueiredo fala ainda da dinâmica entre PSD e Iniciativa Liberal, nada beliscada, garante, depois da aliança entre Miguel Albuquerque e o PAN, na Madeira. “As realidades regionais e as autonomias das próprias estruturas partidárias regionais têm precedência sobre as estratégias nacionais”, sublinha.

Ainda assim, e mesmo reiterando a total disponibilidade dos liberais para estudarem acordos futuros, o ex-presidente da Iniciativa Liberal não esconde as reservas que tem em relação à capacidade reformista revelada por Luís Montenegro. “O PSD deixou de ter o hábito de fazer, deixou de ter o hábito de arriscar, faz demasiados cálculos, alguns deles eleitorais, outros sociológicos, que acho que são contrários àquilo que achamos que é absolutamente essencial”, lamenta.

Mesmo a terminar, Cotrim Figueiredo não foge à questão sobre um eventual regresso de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD e ao possível efeito que isso teria na Iniciativa Liberal, partido que nasceu, em parte, a partir dos escombros do passismo. Assumindo que isso seria uma “oportunidade e um desafio” para os liberais, o antigo presidente do partido não se permite a ter estados de alma. “Em relação a matérias que não controlamos, o ter medo ou gostar muito adianta muito pouco. Já ultrapassámos dilemas estratégicos muito mais difíceis.”

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[Ouça aqui a Vichyssoise com João Cotrim Figueiredo]

“Crise interna pós-europeias? Qualquer mau resultado deve ter uma análise”

Vamos diretos ao assunto: já recebeu o convite para ser cabeça lista da IL às eleições europeias?
É um gosto estar aqui a comer esta sopinha fria convosco. Não, não recebi. Nem se trata bem disso. Fiz a parte que me competia, que é de mostrar disponibilidade e há um processo interno dentro do partido, que é há-de chegar a bom porto. É uma decisão do partido. A parte que me competia era dizer, nas atuais circunstâncias políticas, sendo as eleições europeias uma das eleições importantes para a Iniciativa Liberal e para o país, num certo sentido, acho que devo estar disponível para essa refrega.

Isso deverá acontecer quando?
Não tenho a noção exata dos timings, mas certamente antes do fim do ano.

A IL parte para estas eleições com o objetivo assumido de eleger dois eurodeputados, se falhar esse objetivo, tal como falhou na Madeira…
Esse objetivo está definido onde?

Foi uma condição do Rui Rocha.
Não. Que eu saiba, na moção estratégica, que é quem enforma estas decisões, está prevista a eleição para o Parlamento Europeu, não de dois eurodeputados.

Portanto, ficaria satisfeito com um eurodeputado?
Não vou dizer. Estamos a oito meses das eleições. Não sou uma pessoa que se acanha muito em estabelecer objetivos concretos e ambiciosos, mas não a oito meses. Não sei quem são os outras cabeças de listas, não sei quais serão as circunstâncias políticas… e estas eleições têm este aspeto, que ainda não consegui avaliar exatamente qual é a repercussão que pode ter nos resultados finais, que é o facto de se realizarem a 9 de junho, a meio de um fim de semana comprido. O Governo, aí bem, já atempadamente, previu outras possibilidades de votar, mas numas eleições que já têm abstenção tradicionalmente alta ocorrerem em tempo de bom tempo, a meio de uma ponte, pode levantar outras questões que também têm impacto naquilo que possam ser os objetivos que vêm a ser fixados.

Saberá quando fizer a análise SWOT.
Não sei se é uma análise SWOT. Mas olhando para aquilo que estamos a fazer e aquilo que outros podem fazer que contrariem essas nossas intenções, estabelecermos um objectivo concreto.

Voltando à questão do número de eurodeputados e só para esclarecermos. Rui Rocha tinha isso na moção com que foi a votos. “Com uma grande campanha, ideias consolidadas e candidatos mediaticamente fortes, a Iniciativa Liberal tem a ambição de eleger dois eurodeputados”. E disse-o: “Vamos fazer tudo para que sejam eleitos dois eurodeputados”. Está a baixar essa ambição?
Não é baixar nem subir. É dizer que eu ainda não sei. Não sei quem são os outros candidatos, não sei como é que vai estar o clima político. O que quero dizer com isto, para não ficar nas entrelinhas, é que, apesar de se tratar de um círculo único nacional, não é normal haver polarização, mas pode haver por outros motivos externos à própria temática europeia, para haver mais polarização do que seria normal.

Só para nos focarmos antes e de avançarmos para outros temas: assumindo que o objetivo mínimo é a eleição de um eurodeputado. Se a Iniciativa liberal falhar esse objectivo, Rui Rocha deve tirar consequências políticas?
Depois de qualquer resultado eleitoral devem ser retiradas consequências políticas.

E isso significa a demissão?
Se for um mau resultado, deve ser posta à consideração do partido. Mas não vou falar aqui sobre o Rui Rocha, o que é que ele vai ou não vai fazer. Por isso é que digo: os objetivos vão ser assumidos [mais tarde]. Esses objetivos é que vão estabelecer a bitola do que é um bom ou um mau resultado. Agora, em geral, em abstrato, qualquer mau resultado deve ter uma análise política e tirar daí as consequências em função daquilo que foi a responsabilidade de cada um.

"Não me revejo nas críticas de falta de democracia interna, não me revejo nas críticas do comité central, até porque entre mim e o Estaline ainda há algumas diferenças. São divergências normais dentro de um partido aberto e que faz parte também do crescimento"

“Não me revejo nas críticas de falta de democracia interna”

Nos últimos atos eleitorais, a IL tem-nos habituado a apresentar candidatos diferentes, rostos novos. Recorrer a si, João Cotrim Figueiredo, é normal? Não seria de esperar que o partido estivesse em condições de apresentar novos quadros?
Algum dia, aquilo que tem sido o capital de experiência política acumulado pelas pessoas que têm dado a cara pela Iniciativa Liberal havia de ser posto a bom uso. E estas eleições europeias são importantes para a Iniciativa Liberal, na medida em que é importante continuar a dar estes marcos de crescimento que, desde que aparecemos na cena política, temos tido. Portanto, é um momento importante. Acho que existem as condições ideais para a Iniciativa Liberal marcar uma nova bitola de dimensão.

É uma viragem na estratégia da IL? O fim da ideia de que cada eleição deve trazer um novo nome para o espaço político nacional?
Prefiro dizer que é a manutenção da ideia de que apresentamos, em cada eleição, a melhor pessoa que esteja disponível para encabeçar essa luta. E agora aqui fui hiperpresunçoso, não estou a dizer que sou a melhor pessoa. Tendo uma opção com maior notoriedade, é mais fácil ter bons resultados, e isso às vezes é o que mais interessa e será o que mais prevalece; noutras vezes, apresentar pessoas novas com ideias frescas também é uma forma de mobilizar eleitores.

Voltando por um segundo aos números, é mais fácil eleger dois eurodeputados se for João Cotrim Figueiredo o candidato?
Vou aceitar a ideia de que tenho mais capacidade de mobilização eleitoral do que muitas outras pessoas que estariam em iguais condições de mérito de encabeçar esta lista, vou assumir isso. O que é que são as eleições europeias em 2024? São um momento em que a Europa se prepara para decidir alargamentos, se prepara para decidir novas formas de funcionar, se discute se há ou não há aquilo que anteriormente se chamavam as Europas a várias velocidades e os ciclos concêntricos do Macron e várias coisas importantes com impacto, não só nas decisões políticas, mas também nas decisões que dizem respeito aos fundos de que Portugal tanto depende. Se dizíamos que era importante em 2019 ter uma voz liberal no Parlamento, é igualmente importante ter a mesma voz no Parlamento Europeu. É nesse sentido que digo que talvez aumentar a probabilidade de ter um bom resultado nas europeias é hoje mais importante do que era na última eleição europeia e em outras eleições que se passaram.

A oposição interna não tem dado tréguas a Rui Rocha. Como é que num partido liberal, relativamente jovem, as diferentes fações que existem dentro do partido não conseguem coexistir?
Tenho estado um pouco afastado da vida interna do partido. Não sei se há tréguas ou se não há tréguas. Agora, diria que a matriz de um partido liberal é exatamente haver muita discussão e opiniões diferentes. Portanto, não me espanto que haja essa dinâmica e essa energia nas discussões internas. Não me espanto a nada.

Já na altura em que era presidente, o acusaram de ter um comité central. Entende que os críticos possam ter alguma razão quando acusam esta direção de falta de democracia interna?
Não. Do que tenho a conhecimento não há alteração na forma de funcionamento do partido. E as que houve foi no sentido de alargar a participação dos vários órgãos e das várias estruturas dentro das decisões que são tomadas. Agora, há pessoas insatisfeitas e com outras opiniões? Haverá em todo lado. O que digo é o seguinte: tenho sempre pena quando as pessoas deixam de participar no projeto, tenho sempre pena. Agora, se se afastam por questões ideológicas, sendo que o partido não mudou ideologicamente, não é o partido que está mal; se se afastam porque o partido não corresponde às suas expectativas pessoais ou às suas ambições, também tenho que aceitar a decisão, mas não vou culpar o partido por isso. Portanto, não me revejo nas críticas de falta de democracia interna, não me revejo nas críticas do comité central, até porque entre mim e o Estaline ainda há algumas diferenças. São divergências normais dentro de um partido aberto e que faz parte também do crescimento.

"Temos que acabar com a visão de curto prazo das coisas e temos que olhar para a frente. É impossível encontrar um caminho se estivermos permanentemente a olhar para os pés. Temos que olhar para o horizonte. Não é possível, vez após vez, viver de remendos, viver de pacotes, viver de assistencialismo"

“PSD deixou deixou de arriscar. Faz demasiados cálculos, alguns deles eleitorais”

Miguel Albuquerque escolheu o PAN para selar um acordo de incidência parlamentar na Madeira. Ter levado uma nega de Miguel Albuquerque foi um alívio ou uma oportunidade perdida?
Foi, desde logo, uma surpresa. Agora, o trabalho da oposição em regiões como a Madeira é também um trabalho pesado, porque 49 anos ou 48 anos de uma única cor partidária tem na região gerado muitos hábitos negativos. Compete a uma oposição responsável e capaz de desatar esses nós.

É mais fácil desatar esses nós estando na oposição do que estando ao lado de Miguel Albuquerque?
Não. É mais fácil desatá-los tendo o poder executivo para desatá-los efetivamente e não só fazer aquilo que é o trabalho da oposição, que é denunciar e propor alternativas. Mas é mais livre estar em oposição a chamar atenção para aquilo que está a correr mal na governação do que estando coligado num governo, claro.

Mas o PSD e a IL, a nível nacional, não escondem que estão disponíveis para estudar entendimentos. O facto de, para já, o PSD ter escolhido o PAN em detrimento da IL é um bom prenúncio para esses entendimentos?
Não acho que tenha muita relação. Aqui vou recorrer à fórmula, um pouco gasta, mas verdadeira, de que as realidades regionais e as autonomias das próprias estruturas partidárias regionais têm precedência sobre as estratégias nacionais.

Aquele almoço entre Rui Rocha e Montenegro não ficou minimamente beliscado com este acordo?
Penso que eles vão voltar a comer carapaus.

Que garantias é que lhe dá este PSD de Luís Montenegro? Por exemplo, já se referiram às reformas fiscais como frouxas e dignas da liga dos últimos, Rui Rocha já acusou o próprio Luís Montenegro de fazer uma oposição frouxa. Qual é que é a vantagem para a Iniciativa Liberal de se aliar a um parceiro frouxo?
Como estou na rádio não voltei a trazer o Viagra que levei para a televisão em termos de campanha. Mas acho mesmo que é o nosso papel: envigorar, dar energia, espicaçar o PSD para retomar o espírito reformista que o partido tinha. O PSD deixou de ter o hábito de fazer, deixou de ter o hábito de arriscar, faz demasiados cálculos, alguns deles eleitorais, outros sociológicos, que acho que são contrários àquilo que achamos que é absolutamente essencial trazer para a vida pública em Portugal. E quero acabar esta frase com todo o ênfase: temos que acabar com a visão de curto prazo das coisas e temos que olhar para a frente. É impossível encontrar um caminho se estivermos permanentemente a olhar para os pés. Temos que olhar para o horizonte. Não é possível, vez após vez, viver de remendos, viver de pacotes, viver de assistencialismo. É preciso ter, não só uma estratégia, mas uma persistência nessa estratégia. Saber tomar riscos e reformar as coisas estruturalmente. É por isso que digo isto com ênfase, até para os eleitores da IL terem esta consciência: vocês estão a votar num partido que faz questão de estar inconformado com o estado de coisas. O PSD não pode ter visões de curto prazo relativamente àquilo que é preciso fazer no país. Dir-me-ão: ‘Se estiver sempre a pensar nas coisas de longo prazo, vai alienar uma série de clientelas eleitorais, nunca vai conseguir chegar ao poder’. Mas se chegar ao poder e não fizer aquilo que eu estou aqui a dizer, também não vale a pena lá chegar. Isso é fazer mais do mesmo.

Daí a insistência da nossa pergunta: que garantias lhe dá este PSD?
Não há garantias na vida política. O que há é a nossa vontade e convicção de que, estando numa solução qualquer de governo, seja em coligação ou viabilização parlamentar, a nossa atuação será convictamente e incansavelmente a favor desta visão. A única garantia que posso dar é que a Iniciativa Liberal nunca se vai conformar com o atual estado de coisas.

Sabe que o Bloco de Esquerda e a PCP diziam o mesmo de PS em 2015? Que não se iriam conformar, que iriam obrigar o PS a mudar de posição em várias matérias, a arrepiar caminho.
Sim, e em justiça deve ser dito que os governos da ‘geringonça’ não foram exatamente iguais ao governo da maioria absoluta. Por exemplo, o fim das PPP constava do memorando do entendimento entre o Bloco de Esquerda e o PS. Portanto, uma certa visão ideológica, naquele caso do setor da saúde, mas também noutros, conseguiu fazer o seu caminho até ao programa do PS. Achei graça que no livro de Ferro Rodrigues que agora saiu, ele se considere um derrotado com o fim da ‘geringonça’, como quem diz que há uma parte do PS que tem pena que a influência do PCP e do Bloco de Esquerda tenha acabado. Portanto, sim, fez a sua mossa e que se vai tornar ainda mais evidente. A luta pela liderança no PS, e ela já começou — foi lançada há 15 dias com Fernando Medina a apresentar orçamentos e Pedro Nuno de Santos a estrear-se no comentário televisivo –, quando se tornar mais evidente, vamos ver que há, de facto, dois partidos socialistas: um muito mais herdeiro daquilo que era a social-democracia europeia de Mário Soares e outro muitíssimo mais frentista e alinhado com aquilo que foi a ‘geringonça’.

"Fernando Medina ou Pedro Nuno Santos? Preferia cozinhar para Pedro Nuno. Tenho ideia que é melhor garfo. E sim, a discussão seria mais interessante"

“Risco do regresso de Passos? Ter medo ou gostar muito adianta muito pouco”

Vamos recentrar nessa tal capacidade da Iniciativa Liberal vitaminar o PSD. Luís Montenegro está a tentar recuperar esta bandeira da redução de impostos. Esta estratégia do PSD não pode esvaziar os liberais?
Nós já temos dito a propósito de várias matérias que não nos interessa muito como é que as nossas ideias veem a luz do dia, quem é que as implementa. Por absurdo, isto é mesmo absurdo, atenção, se o Governo de António Costa implementar as ideias da Iniciativa Liberal, só me podia dar por satisfeito. Esvaziava a utilidade do partido? Se calhar esvaziava, mas tínhamos um país muito melhor que talvez seja o objetivo último de todo este trabalho que estamos a fazer. Mas, mais uma vez, aquilo que se vê nas propostas do PSD é o que falava há pouco, a ideia de ficar a meio caminho entre aquilo que efetivamente resolvia os problemas e tentar com um remendo.

No PSD ninguém esconde que o objetivo é fazer o apelo ao voto útil e tentar capturar o eleitorado que fugiu para a Iniciativa Liberal. Como é que a IL vai travar esse apelo?
Convencendo as pessoas que o PSD precisa desta nossa presença para revitalizar. Basta ver o conteúdo dos programas eleitorais do PSD e das propostas que tem feito, entretanto, para se perceber que elas não são tão ambiciosas, nem têm tanta capacidade de correr riscos como aquelas que nós advogamos. Sim, percebo que as pessoas têm em relação ao PSD um maior conhecimento, maior hábito de votar. Mas que se pensarem que querem um país diferente e que isso exige determinado tipo de reformas, têm que contar com uma força reformista, verdadeiramente reformista, verdadeiramente fresca e nova como a IL. Acho que há um mercado eleitoral para isto, acho francamente. Portanto, temos que ter bem dentro dos dois dígitos para ter essa força.

Mas não corre o risco de acabar por fazer pouco? Isso chega isso?
Chega. Se um governo, fosse qual fosse o acordo, aplicasse medidas liberais, não estávamos cá a fazer nada. Aliás, se aplicasse medidas liberais, era um governo liberal, já tínhamos ganho. Mas todos os entendimentos de governação são baseados num acordo, certo? Haverá certamente um conjunto de matérias que constatarão desse acordo.

Não há possibilidade de ser poucochinho no fim do dia?
Não, se for poucochinho não é aceitável por nós.

Luís Montenegro também tem nas próximas europeias um teste decisivo. Sabemos que Pedro Passos Coelho já não esconde que está na reserva, caso o PSD precise dele. O regresso de Passos seria uma oportunidade ou um desafio para a iniciativa liberal?
Seria as duas coisas. É alguém que provavelmente tem mais facilidade em aceitar algumas ideias liberais, pelo menos no passado deu ideias disso, e, nesse sentido, é um desafio e uma oportunidade.

Também pode capturar mais eleitorado da Iniciativa Liberal.
Pode, mas ao mesmo tempo temos que reconhecer aquilo que foi o trajeto de Passos Coelho — a Iniciativa Liberal tem feito propostas que nunca constaram nem do ideário do PSD, nem das declarações públicas de Pedro Passos Coelho.

Não teme que isso retire espaço à IL?
Em relação a matérias que não controlamos, o ter medo ou gostar muito adianta muito pouco. Já ultrapassámos dilemas estratégicos muito mais difíceis.

Gosta de jogar ténis. Quem desafiaria para uma partida: Paulo Portas ou Luís Marques Mendes?
Paulo Portas.

Tem um lugar para ocupar no avião que o vai levar a Bruxelas, quem leva: Carla Castro ou Tiago Mayan Gonçalves?
Carla Castro.

Quem convidaria para um jantar para mostrar os seus talentos como chef: Pedro Nuno Santos ou Fernando Medina?
Pedro Nuno Santos.

E chegavam ao fim do jantar?
Tenho ideia que é melhor garfo. E sim, a discussão seria mais interessante.

Tem o poder de fazer regressar um deputado ao Parlamento: prefere Rui Rio ou António José Seguro?
António José Seguro.

Porquê?
Está afastado há mais tempo.

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