Dominada a fase de qualificação da CONCACAF e garantida a presença no Mundial, a seleção do México chega à Rússia com o objetivo de manter viva a tradição construída nas seis últimas edições da prova: passar a fase de grupos e chegar às 16 melhores formações da competição. Desde 1994 que os mexicanos não sabem o que é cair na primeira ronda do Mundial – registo detido igualmente pelas seleções brasileira e alemã – e, inseridos no grupo F com Alemanha, Suécia e Coreia do Sul, a tarefa parece estar novamente ao alcance da equipa dirigida pelo colombiano Juan Carlos Osorio. Mas não se adivinha fácil.
A última jornada do grupo reserva um México-Suécia que poderá ser decisivo para as contas do segundo lugar, a não ser que da Ásia soprem ventos de surpresa. Certo é que quem seguir em frente neste grupo F terá encontro marcado com os apurados do grupo E, encabeçado pelo Brasil.
A missão de atingir os quartos de final parece quase impossível e o destino mexicano ficará provavelmente selado da mesma forma que nas anteriores seis edições, mas as melhores conquistas são as que menos se esperam e Juan Carlos Osorio defende o direito de “sonhar e acreditar que é possível”.
Para tal, conta com um contingente repleto de caras familiares do campeonato português, com o capitão do FC Porto, Héctor Herrera, a encabeçar uma lista seguida por Miguel Layún, Diego Reyes, Jesús Corona e Raúl Jiménez, que viram o estágio pré-Mundial abalado por relatos de uma alegada festa envolvendo álcool e acompanhantes de luxo. Polémicas à parte, resta esperar pelo início da prova para perceber se a tradição mexicana será cumprida, alargada ou se a festa já iniciada terminará ainda na fase de grupos.
Guillermo Ochoa; Héctor Moreno, Hugo Ayala, Carlos Salcedo e Miguel Layún; Diego Reyes, Héctor Herrera e Andrés Guardado; Hirving Lozano, Carlos Vela e Javier Hernández
Juan Carlos Osorio
Javier Hernández
Convocados
Guarda-redes: Guillermo Ochoa (Standard Liège), Alfredo Talavera (Toluca) e Jesús Corona (Cruz Azul)
Defesas: Héctor Moreno (Real Sociedad), Carlos Salcedo (Chivas Guadalajara/Eintracht Frankfurt), Hugo Ayala (Tigres), Diego Reyes (FC Porto), Miguel Layún (Sevilla/FC Porto), Jesús Gallardo (Pumas UNAM), Edson Álvarez (América) e Rafael Márquez (Atlas)
Médios: Héctor Herrera (FC Porto), Andrés Guardado (Real Betis), Giovani dos Santos (LA Galaxy), Jonathan dos Santos (LA Galaxy) e Marco Fabián (Eintracht Frankfurt)
Avançados: Raúl Jiménez (Benfica), Oribe Peralta (América), Carlos Vela (Los Angeles FC), Hirving Lozano (PSV Eindhoven), Jesús Corona (FC Porto), Javier Aquino (Tigres) e Javier Hernández (West Ham)
Ranking FIFA: 15.º
Presenças em fases finais: 15
Última participação: 2014
Melhor resultado: Quartos de final (1970 e 1986)
Antevisão: “Chegar às meias finais é uma meta complicada, mas temos o mesmo direito do que as outras equipas de sonhar com isso e acreditar que é possível”, disse Juan Carlos Osorio, à World Soccer