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Sara Sampaio esteve em Lisboa a promover a marca de bebidas Phunk, de que é accionista e também rosto
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Sara Sampaio esteve em Lisboa a promover a marca de bebidas Phunk, de que é accionista e também rosto

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Sara Sampaio esteve em Lisboa a promover a marca de bebidas Phunk, de que é accionista e também rosto

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Sara Sampaio: "Tenho de fazer trabalho de casa, não posso estar só a contar com a minha cara"

O sonho de ser atriz, o filme com Al Pacino, a saúde mental, o desafio de encontrar a sua voz no meio do ruído das redes sociais. Entrevista com a mais internacional das modelos portuguesas.

Chega de ténis nos pés, mas quando se senta para a entrevista já está sobre umas altíssimas sandálias fúcsia. Aos 31 anos, Sara Sampaio mantém a voz de miúda que aos 16 anos foi descoberta num concurso de cabelos da Pantene, mas, à hora marcada, tem a postura de uma estrela consagrada, ou não fosse ela a modelo portuguesa com maior projeção internacional de sempre. Vogue, Elle, GQ, Marie Claire, L’Officiel, Harper’s Bazaar, Numéro — não há capa de revista que não tenha feito. Pisou as principais passerelles do mundo, estrelou campanhas de beleza. E agora?

“Há-de surgir o papel certo na hora certa”, diz-nos com a certeza de quem tendo conquistado um mundo luta por conquistar um outro. Depois de moradas no Porto, Lisboa, Paris ou Nova Iorque, hoje vive em Los Angeles à procura de ser atriz, esperando nunca esbarrar em Angelina Jolie. “É daquelas pessoas que se calhar prefiro nunca conhecer. E se a apanho num dia mau e tenho uma impressão menos boa? Fico com o coração partido. Na minha mente é um anjo fantástico. É o meu ídolo”, admite.

Entre self-tapes, audições, e aulas de representação, Sara Sampaio fez uma curta passagem por Portugal. Em entrevista, fala da transição da moda para a representação, da entrada nos 30, da importância de “estar bem” e dos desafios de encontrar um equilíbrio no discurso nas redes sociais.

Em tempos disseram-lhe que era baixa para fazer desfiles e o rosto demasiado “comercial” para conseguir um lugar de destaque na alta-costura. Há uns meses, [o modelo] Luís Borges fez a seguinte observação: “Ela [Sara] sempre me disse que queria ser uma VS. Tem um metro e 70, mas sempre acreditou”.
Um metro e 72! Ai, já me está a tirar centímetros esse [risos]. Sim, sempre que me diziam que não eu gostava de provar que estavam errados. Sempre foi uma daquelas coisas que me dava mais garra para fazer as coisas acontecer.

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Em Portugal, o universo Victoria’s Secret não era tão conhecido assim. Como é que uma rapariga de Leça da Palmeira ambicionava estar nesse lugar?
Também só comecei a saber o que era a Victoria’s Secret quando comecei a ser manequim. Caí um bocado do nada no mundo da moda. Nunca tive muito interesse, mas depois comecei a fazer sessões fotográficas aqui e ali, comecei a pesquisar outras manequins, a ver revistas. Comecei a ver os desfiles da Victoria’s Secret e fiquei: “uau, eu quero fazer aquilo”.

Faz agora uma década desde que desfilou pela primeira vez para a VS, tornando-se a primeira portuguesa a fazê-lo. A marca tem estado debaixo de fogo nos últimos anos por acusações de falta de representatividade, transfobia e até assédio sexual. Como assistiu a tudo isto?
Foi triste ver uma marca de que gostava bastante ficar um bocadinho para trás no tempo. Enquanto marca, e mesmo como pessoa, é preciso evoluir com os tempos, ouvir o consumidor. Acho que ficaram um bocado perdidos a fazer aquilo que faziam sempre e depois, quando realmente repararam, quando perceberam “se calhar realmente temos de fazer [alguma coisa quanto à representatividade]”, já não pareceu…

Autêntico?
Sim. Parecia que estavam a tentar apanhar a moda, quando antigamente eles é que a criavam. Senti que nos últimos anos estavam sempre a tentar fazer catch up do que estava a acontecer. Mas o mais importante foi terem reconhecido o que fizeram de errado e estarem a trabalhar para mudar isso.

Sara Sampaio foi a primeira modelo portuguesa a desfilar no reconhecido desfile da Victoria's Secret, em novembro de 2013

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Hoje mantém ligação com a marca?
Para mim vai ser sempre família, obviamente, mas já não trabalho com eles desde a pandemia e não me parece que… Bem, nunca digo nunca, mas não me parece que vá voltar a acontecer.

Foi precisamente um mês antes da pandemia que saiu no New York Times uma reportagem que denunciava casos de assédio de modelos e funcionários da empresa por Ed Razek, ex-diretor de marketing [que deixou o cargo em 2019 depois de se saber que recusava contratar modelos transexuais para desfiles]. À porta fechada era um assunto conhecido, mas silenciado, ou foi algo que sempre lhe passou despercebido?
Nós [anjos] estamos com contrato, eles a nós tratam-nos bem. A única coisa que posso falar é da minha própria experiência e a minha experiência com o Ed é fantástica, é muito boa, ele sempre foi muito querido para mim. Mas não posso dizer que alguém esteja a mentir porque são as experiências delas e a única coisa que posso fazer é ouvir e acreditar nas pessoas. Fiquei um bocadinho triste, mas da minha experiência não tenho nada de negativo a dizer.

Os corpos dos modelos, especialmente os femininos, foram historicamente julgados como símbolos do que a sociedade procura num dado momento, o tal padrão de beleza. A obsessão pela juventude ainda impõe carreiras curtas? Foi também por isso que nos últimos tempos tem pisado outros terrenos além da moda?
Não tem muito a ver com isso. O facto de estar a pisar outras áreas é porque a moda nunca foi mesmo o meu sonho original. Aconteceu por acidente.

Qual é o sonho original?
Sempre quis fazer representação, ser atriz. Esse sempre foi mesmo o meu sonho. Há uns anos senti que estava a entrar numa fase em que não me sentia realizada. Estava a ter uma carreira muito boa como manequim, mas não me sentia feliz. Lá está, não era aquilo que sempre quis fazer. Mudei-me para Los Angeles, comecei a representar, a ter aulas.

"Lembro-me de ficar mais feliz depois de uma aula de representação do que depois de um trabalho de moda. Isso fez-me perceber que não é só trabalhar, também temos de alimentar a alma"

O que despoletou essa mudança? Sucediam-se editoriais, capas de revista, uma carreira fulgurante.
Sim, mas continuo a fazer moda, só que hoje sou mais seletiva. Faço coisas que gosto mais de fazer. A Victoria’s Secret deu-me essa liberdade financeiramente, de não ter de fazer tudo o que é trabalho.

Porque pagavam bem.
Exato.

Poder escolher é uma forma de liberdade?
Sim. Pude ter liberdade de me dedicar realmente àquilo que sempre gostei de fazer. Lembro-me de começar a ter aulas de representação e de ficar mais feliz depois de uma aula do que depois de um trabalho de moda. Isso também me fez perceber que realmente não é só trabalhar, também temos de alimentar a alma às vezes.

Como está a ser a transição? Há uns tempos o Paulo Pires falava do preconceito que sentiu quando passou de ser modelo para começar a fazer teatro.
É. O preconceito está em todo o lado. Mas tenho outras vantagens que uma pessoa que está a começar do zero não tem. Ter a notoriedade que tenho já me abre as portas para certas zonas. Mas depois tenho de fazer o trabalho de casa, que é preciso, não posso estar só a contar com a minha cara. Tenho de mergulhar profundamente na representação, fazer formação, audições, provar que não estou aqui só porque é giro.

Está a viver em Los Angeles, mas começou por fazer dois filmes portugueses.
É verdade. Gostava de fazer mais, quando surgir a oportunidade certa.

Como descreve essas experiências?
Foram boas. Foi bom para começar devagarinho.

Foi o realizador que a abordou?
Sim, no “Carga” (2018) foi o realizador [Bruno Gascon] que me abordou. Depois no “Sombra” (2020), a seguir, como era do mesmo realizador, foi ele que disse que tinha um papel para mim.

Não desiludiu, portanto.
Espero que não [risos]

Em "Carga" (2018), Sara Sampaio interpreta uma rapariga que se vê atirada para uma rede de tráfico de mulheres para prostituição

O IMDB diz-nos que vem aí um filme com o Al Pacino.
É verdade. Chama-se “Billy Knight”.

Como foi parar ao projeto?
Foi uma audição que fiz no verão passado. Mandei uma self-tape, eles gostaram e fiquei com o trabalho. É um filme muito bonito. Tem o Al Pacino, a Diana Silvers, o Charlie Heaton. As minhas cenas são mais com o Charlie, mas tenho uma com o Al Pacino. Foi muito divertido vê-lo. É quase um workshop de representação vê-lo fazer o que ele sabe fazer melhor.

Há pouco quando lhe tirávamos o retrato ficou evidente que tem um conhecimento muito claro dos seus ângulos e como trabalhar com eles. Como é que tem sido descobrir-se numa área nova, enquanto atriz?
É muito diferente porque enquanto modelo temos de saber onde está a câmara e posar para ela, ter atenção à luz… Na representação é preciso esquecer isso tudo e estar ali com o parceiro de cena. Para mim ser atriz é como ir à terapia [risos]. Descobri que quando uma personagem custa mais a entrar é porque é muito parecida comigo. Tenho mais dificuldade em fazer uma personagem que seja assim do que fazer uma que seja completamente diferente porque, lá está, temos de analisar a personagem e acabamos por nos estar a analisar a nós próprios. Custa mais. Temos defesas. Mas tem sido muito enriquecedor.

Qual é a prioridade agora, cinema independente, Hollywood, Netflix?
Não tenho prioridade nenhuma, faço audições para o que vier.

Faz muitas audições? 
Este ano tem estado mais parado por causa da greve dos guionistas [nos Estados Unidos da América], mas tenho sempre uma a duas audições por semana. Não tenho uma prioridade, há-de surgir o papel certo na hora certa quando o diretor ou realizador achar que eu sou perfeita para o papel. Há atores muito bons, mas às vezes nem tem a ver com o talento, é o ser. Há pessoas que nem precisam de abrir a boca e já dizem ‘ah, é esta a personagem’.

Não é difícil não ser escolhida e nem sequer conseguir encontrar um motivo? 
Sim, mas também é um bocadinho melhor porque se percebe que não é porque se é má atriz. É mesmo só porque não tenho os olhos castanhos. Tudo bem. Fica para a próxima.

Essa aparente paz com a rejeição herdou da carreira de modelo? 
Acho que sim. Temos que aprender a desligar-nos um bocadinho. Estou a fazer audições e estou muito concentrada nisso, mas depois é preciso largar. Se vier, vem, senão, next one. Tem de ser. Obviamente que há projetos em que chegamos muito próximo de os ter e depois não nos confirmam. Outros queríamos muito, trabalhamos muito e depois nada acontece. Faz parte.

Já lhe aconteceu? 
Já. Tive um projeto em que tinha sido confirmada, era um filme indie. Depois, por causa da pandemia, foi cancelado e nunca mais voltaram a fazer. Esse custou-me bastante. Custa sempre. Faz parte da vida.

"Senti-me perdida. Estava num relacionamento menos bom, estava com ansiedade, depressão. A minha carreira estava a correr lindamente, mas não me sentia feliz"

Durante décadas, ser modelo foi uma profissão silenciosa. Era suposto que as mulheres fossem vistas, mas não ouvidas. Em 2017, quando trocou o palco dos desfiles pelo palco da Web Summit, em Lisboa, disse: “As coisas mudaram muito com o Facebook, o Instagram e o Twitter. Agora, as miúdas têm uma voz e isso é muito poderoso. Posso ir ao meu Instagram e dizer algo que é visto por milhões. Já não temos de entrar e sair caladas”. Assistiu a essa mudança de cultura?
Sem dúvida. As redes sociais fizeram com que as pessoas tivessem de ter atenção ao que fazem e dizem. Fazem com que se respeite um bocadinho mais o outro, nem que seja por medo que alguém vá dizer alguma coisa. As pessoas têm responsabilidade. Se fazemos alguma coisa, temos um público maior. Se achamos que alguma coisa está errada, temos uma voz. É preciso filtrar às vezes essa voz [risos]

Como faz esse filtro? Partilhou que sofre de tricotilomania (um transtorno obsessivo-compulsivo que consiste em arrancar os próprios cabelos), de ansiedade. São temas que pensou antecipadamente se deveria partilhar?
A tricotilomania não [pensei], porque não sofro com aquilo, sabe-me bem. Tenho uns espaços nas sobrancelhas, mas gosto de fazer. Falo abertamente daquilo, mas obviamente agora sei que quando puxo muito é porque há outra razão, de ansiedade. Isso permitiu-me refletir mais sobre isso. Hoje em dia quando partilho coisas de saúde mental é porque também me ajuda a mim. Falar sobre esse tipo de assuntos ajuda-me. E se estou a ajudar os outros é um bónus também.

Ser modelo abriu-lhe portas, admite, mas garante: "tenho de provar que não estou aqui só porque é giro"

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Foi uma das vozes mais críticas da capa da edição de julho/agosto de 2020 da Vogue Portugal, que foi acusada de romantizar a saúde mental. O vídeo que fez em jeito de desabafo nas redes sociais teve muita repercussão — a revista acabaria por emitir um pedido de desculpas e retirar a capa.
Sim, sim.

O retorno ajuda-a encontrar esse equilíbrio do que é partilhável?
Sim, e a maturidade. Quando temos 18, 19 anos, somos mais impulsivos. Dizemos tudo cá para fora. Vamos aprendendo com a vida a ver aquilo que realmente é importante ser só para nós e o que é importante partilhar.

Já se arrependeu de alguma partilha?
Não me arrependi, mas aprendi que dar atenção a certas coisas às vezes amplifica. Ou seja, há muitos meios ou comentários que falam mal e ao dar atenção a essas pessoas estamos a dar-lhes mais voz.

Refere-se aos episódios com o Chega?
Não, refiro-me no geral. No geral quem diz mal quer uma reação, quer amplificar, quer promoção, e às vezes dar atenção a essas pessoas amplifica ainda mais. Aprendi que às vezes ignorar é o melhor.

Haverá sempre haters.
Exato, é isso mesmo.

"Tem-se visto não só em Portugal, mas no mundo inteiro, uma grande onda de ódio contra certas minorias. Isso deixa-me mesmo triste e com raiva [suspiro]. Deixa-me desiludida que haja pessoas que têm cada vez mais plataforma e que podem despejar esses ódios terríveis. Se tenho uma plataforma grande, quero poder ampliar outro tipo de vozes"

É raro ver modelos a posicionar-se politicamente. Em 2021, partilhou uma sequência de imagens de elementos e apoiantes do partido Chega a fazer a saudação nazi (Na descrição da publicação lia-se: “É assim que começa!!!! Que nojo!”). Porque foi importante fazê-lo?
Para mim é importante. Enquanto há certas coisas que mais vale não dar atenção, há outras que é preciso cortar pela raíz para que não cresçam ainda mais. Ultimamente tem-se visto não só em Portugal, mas no mundo inteiro, uma grande onda de ódio contra certas minorias. Isso deixa-me mesmo triste e com raiva [suspiro]. Deixa-me desiludida que haja pessoas que têm cada vez mais plataforma e podem despejar esses ódios terríveis. Se tenho uma plataforma grande, quero poder, sem ampliar essas vozes, ampliar outro tipo de vozes. Tem de haver pessoal a dizer que aquilo não é correto.

A segunda vez que tocou no tema foi uns meses depois, em julho, de forma mais subtil, quando publicou uma fotografia do boletim de voto das eleições presidenciais com a caneta a tapar o partido de extrema-direita.
Ah, isso foi sem querer.

Foi noticiado que o Ministério Público ia abrir um inquérito sobre o caso depois de a Comissão Nacional de Eleições considerar que existia uma “clara intenção em influenciar o sentido de voto”. Foi notificada?
Não sei, não me disseram nada.

Está em Portugal para o lançamento de uma bebida. Teve sempre uma visão de negócio? Se bem me lembro, de entrevistas no início da carreira, a sua área de formação era a Matemática.
Na verdade, sempre fui muito criativa, mais para as artes. Sempre quis ter uma marca, mas nunca percebi bem aquilo que queria fazer. Toda a gente faz marcas de biquínis, marcas de beleza, mas isso não era assim a minha paixão. Não queria fazer uma coisa por fazer. Nunca pensei estar no mundo das bebidas, mas sempre gostei muito de hardseltzers (bebida à base de água gaseificada com sabores e álcool, habitualmente com poucas calorias). Bebia muito, e quando vinha cá para Portugal não havia. Apresentaram-me a Phunk, provei, adorei e surgiu a oportunidade de me tornar investidora e de entrar para a marca.

Tornou-se accionista da empresa?
Exatamente. Tem sido incrível. Lançámos hoje o produto novo da Phunk, que mistura as minhas duas bebidas favoritas, tequila e hard seltzer. Foi muito enriquecedor fazer tudo do zero até às latas nas prateleiras. Fizemos muitas provas, rótulos, caixas, a campanha… Tem sido muito giro ter esse poder criativo. Quando sou manequim geralmente estou a realizar a criatividade dos outros. Aqui foi divertido ter o controlo de tudo, com a minha visão.

É a diferença entre ser uma peça no jogo ou controlar o jogo.
Sim, e eu sempre tive muitas ideias do que quero fazer.

O que é quer fazer agora?
Estou numa fase em que só quero estar rodeada de pessoas que me façam bem, de família, de amigos. Quero dedicar-me realmente àquilo que gosto de fazer, que é a representação. E agora a Phunk. E os meus cães.

"Hoje não me parece má ideia viver metade do ano em Los Angeles e metade do ano na Europa à procura do sol"

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Frisa a importância do bem-estar, partilha que faz terapia, fala sobre ter ansiedade. É para que os outros se possam relacionar, é para a ajudar também?
É para os dois. Dizemos que vamos para a terapia por causa das pessoas que não vão para a terapia [risos].

Fá-lo há muito tempo?
Comecei em 2017 ou 2018. Tive ali uma altura da minha vida em que me senti um bocadinho perdida em termos do que queria fazer. Estava num relacionamento menos bom, estava com ansiedade, depressão. A minha carreira estava a correr lindamente, mas não me sentia feliz. Comecei a trabalhar com um psiquiatra, um psicólogo. É um trabalho diário, vai haver dias menos bons e anos bons. Até às vezes no mesmo dia há aqui uma oscilação. É um trabalho que tenho feito e acho que me evolui como pessoa. Ainda tenho muito por percorrer, ainda tenho muita ansiedade, mas já sei reconhecer certos padrões. Acho que os 20 são aquela altura em que é tudo [gesticula com euforia]. Aos 30 estou mais virada para me divertir, ser feliz e ter menos drama na minha vida.

Viver em Portugal está nesses planos?
Desde os 15 anos que tenho o sonho de ir lá para fora. Dizia aos meus pais que um dia iria viver para os Estados Unidos e a verdade é que aconteceu. Hoje em dia já não sei. Não me parece assim tão má a ideia de um dia [viver em Portugal]. Ou então fazer metade do ano em Los Angeles e metade do ano na Europa à procura do sol.

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