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Tunísia caiu nos quartos da Taça das Nações Africanas com o Burquina Faso mas passou de seguida o playoff com o Mali
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Tunísia caiu nos quartos da Taça das Nações Africanas com o Burquina Faso mas passou de seguida o playoff com o Mali

Catherine Steenkeste

Tunísia caiu nos quartos da Taça das Nações Africanas com o Burquina Faso mas passou de seguida o playoff com o Mali

Catherine Steenkeste

Tunísia (grupo D). A chicotada funcionou no playoff. Chegará também para a fase final?

Tunísia teve uma participação aquém na CAN, promoveu o adjunto e venceu o Mali. Agora, volta a um Mundial como outsider mas com essa derrota nos descontos com a Inglaterra como referência.

A folha de currículo de Jalel Kadri enquanto treinador é grande, com um total de 24 projetos desportivos como técnico principal mais dois momentos como adjunto da seleção apenas desde 2001 (repetindo clubes de onde saía e voltava e com um ano sabático pelo meio), mas as ambições da Tunísia são tudo menos um reflexo dessa extensa lista. Aliás, aquilo que sobressai mais desse desfile de clubes é a tendência para os trabalhos de curto prazo que depois não conseguem ter continuidade. E foi assim que as Águias do Cartago conseguiram repetir a presença na fase final do Mundial, após um hiato de duas edições.

A fase de grupos da Taça das Nações Africanas, um bom barómetro para medir o nível dos conjuntos do continente no início do ano, mostrou bem a quebra que a Tunísia teve em comparação com os patamares que chegou a atingir no início do século – tanto que nem mesmo o facto de ter chegado aos quartos valeu a Mondher Kebaier para ficar no cargo. Após perder com o Mali e com a Gâmbia na fase de grupos (goleou apenas a frágil Mauritânia), naquele que era o grupo mais acessível da competição, houve a surpresa da vitória nos oitavos com uma Nigéria irreconhecível e a eliminação nos quartos com o Burquina Faso. O técnico principal saiu, o adjunto ficou para uma missão a curto prazo com o Mali. E cumpriu.

Pode sempre haver especulação sobre a sorte no sorteio do playoff de qualificação para o Mundial perante as opções que existiam ou o azar com que Sissako decidiu a primeira mão com um autogolo, mas durante 180 minutos a Tunísia trabalhou para um objetivo e conseguiu. O que se segue? Jogar sem pressão pelos melhores resultados e, em paralelo, por mais oportunidades nas principais ligas europeias. Em 2018, na Rússia, a equipa perdeu nos descontos com a Inglaterra, teve um jogo menos conseguido com a Bélgica (1-2) e ganhou ao Panamá. Agora até em termos de valia e características das equipas o cenário não muda muito, com essa esperança de, além do triunfo com a Austrália, poder haver uma surpresa com França ou Dinamarca que permita ao primeiro conjunto africano a ganhar um encontro a contar para a fase final de um Campeonato do Mundo (México em 1978, 3-1) passar pela primeira vez os grupos.

Tunísia caiu nos quartos da CAN mas conseguiu segurar dois meses depois a presença no Mundial, vencendo a eliminatória com o Mali

BI

  • Ranking FIFA atual: 30.º
  • Melhor ranking FIFA: 14.º (abril a maio de 2018)
  • Alcunha: Aigles de Carthage (As Águias de Cartago)
  • Presenças em fases finais: 6
  • Última participação: 2018 (fase de grupos, 3 pontos com Bélgica, Inglaterra e Panamá)
  • Melhor resultado: fase de grupos em 1978 (3 pontos com Polónia, RFA e México)
  • Qualificação: 1.º lugar do grupo B da 2.ª fase (13 pontos em 6 jogos com Guiné Equatorial, Zâmbia e Mauritânia) e vitória no playoff (Mali, 1-0 e 0-0)
  • O que seria um bom resultado? Passar a fase de grupos

Jogos em 2022

  • Fase de grupos da CAN, 12/1: Mali (neutro), 1-0 (D)
  • Fase de grupos da CAN, 16/1: Mauritânia (neutro), 4-0 (V)
  • Fase de grupos da CAN, 20/1: Gâmbia (neutro), 1-0 (V)
  • Oitavos da CAN, 23/1: Nigéria (neutro), 1-0 (V)
  • Quartos da CAN, 29/1: Burquina Faso (neutro), 1-0 (D)
  • Playoff qualificação Mundial, 25/3: Mali (fora), 1-0 (V)
  • Playoff qualificação Mundial, 29/3: Mali (casa), 0-0 (E)
  • Qualificação CAN, 2/6: Guiné Equatorial (casa), 4-0 (V)
  • Qualificação CAN, 5/6: Botswana (fora), 0-0 (E)
  • Jogo de preparação, 10/6: Chile (neutro), 2-0 (V)
  • Jogo de preparação, 14/6: Japão (fora), 3-0 (V)
  • Jogo de preparação, 22/9: Ilhas Comores (neutro), 1-0 (V)
  • Jogo de preparação, 27/9: Brasil (neutro), 5-1 (D)
  • Jogo de preparação, 16/11: Irão

O onze

  • 4x3x3: Dahmen; Dräger, Montassar Talbi, Dylan Bronn, Ali Maaloul; Skhiri, Chaalali, Aissa Laidouni; Ben Slimane, Wahbi Khazri e Youssef Msakni

O treinador

  • Jalel Kadri (tunisino, 50 anos, desde janeiro de 2022)
  • Outros clubes: AS Djerba, EGS Gafsa, El Makarem de Mahdia, AS Kasserine, AS Gabès, Jendouba Sport, Sub-20 da Tunísia, ES Zarzis, US Monastir, Damac FC, Al-Ansar FC, ES Beni-Khalled, Al-Nahda Club, Tunísia (adjunto), Al-Khaleej Club, JS Kairouan, CA Bizertin, Emirates Club, Stade Tunisien, Al Ahli Tripoli e Al-Adalah

Jalel Kadri, que entrou no início do ano, elevou a fasquia prevista da Tunísia: quer passar pela primeira vez aos oitavos num grupo com França, Dinamarca e Austrália

Getty Images

O craque

  • Youssef Msakni (32 anos, avançado do Al Arabi)
  • Outros clubes: Stade Tunisien, Espérance Tunis, Al-Duhail e Eupen

A revelação

  • Hannibal Mejbri (19 anos, médio do Birmingham)
  • Outros clubes: Paris FC, Boulogne-Billancourt, Mónaco e Manchester United

O mais internacional e o maior goleador

  • Radhi Jaïdi (105 internacionalizações) e Issam Jemâa (36 golos)

Youssef Mskani, avançado cedido pelo Al-Duhail ao Al Arabi, é a principal referência ofensiva da Tunísia aos 32 anos

Getty Images

Os 26 convocados

  • Guarda-redes (4): Aymen Dahmen (CS Sfaxien), Mouez Hassen (Club Africain), Aymen Balbouli (Etoile du Sahel) e Bechir Ben Said (US Monastir)
  • Defesas (9): Mohamed Dräger (Lucerna), Wajdi Kechrida (Atromitos), Bilel Ifa (Kuwait SC), Montassar Talbi (Lorient), Dylan Bronn (Salernitana), Yassine Meriah (Esperance de Tunis), Nader Ghandri (Club Africain), Ali Maaloul (Al Ahly) e Ali Abdi (Caen)
  • Médios (6): Ellyes Skhiri (Colónia), Aissa Laidouni (Ferencvaros), Ferjani Sassi (Al Duhail), Ghailene Chaalali (Esperance de Tunis), Mohamed Ali Ben Romdhane (Esperance de Tunis) e Hannibal Mejbri (Birmingham)
  • Avançados (7): Seifeddine Jaziri (Zamalek), Naim Sliti (Al-Ettifaq), Taha Yassine Khenissi (Kuwait SC), Anis Ben Slimane (Brondby), Issam Jebali (Odense), Wahbi Khazri (Montpellier) e Youssef Msakni (Al Arabi)

O local do estágio

  • Wyndham Grand Doha West Bay Beach, em Doha (treinos: Al Egla Training Sites 3)

A antevisão

"Tenho uma ambição pessoal. Se não passarmos a fase de grupos, não vou conseguir completar a minha missão, apesar de saber o quão difícil é a missão. Queremos realizar o nosso sonho e chegar pelo menos aos oitavos naquela que é a sexta tentativa em Mundiais. Somos realistas, sabemos as dificuldades mas estamos a passar uma mensagem de otimismo aos jogadores", Jalel Kadri, em conferência de imprensa.

A ligação a Portugal

  • A história dos jogadores tunisinos em Portugal é longa, com nomes como Ziad ou Benachour que passaram pela Primeira Liga. Ainda assim, há uma outra ligação dos jogadores tunisinos a Portugal, neste caso de Anis Ben Slimane, uma das principais figuras da nova geração das Águias do Cartago. Depois de passar por vários clubes dinamarqueses, no país onde nasceu, o médio destacou-se no AB e rumou ao Brondby. Em janeiro de 2020, integrou um estágio de preparação em Portugal e esteve no encontro particular com o IFK Norrköping onde se destacou de tal forma que entrou no radar de Arsenal e Manchester United. A saída é uma questão de tempo mas já se estreou na Champions.

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