O Uruguai é o cúmulo do “quase”: quase candidatos, quase favoritos, quase perigosos, quase criativos. Em 2014, depois de uma fase de grupos surpreendente em que venceu Inglaterra e Itália, a seleção uruguaia caiu nos oitavos de final com a Colômbia. Em 2010, foi a equipa sensação e deixou para trás França, África do Sul, México, Coreia do Sul e Gana. Numa altura em que já se pensava que podia repetir o feito de 1930 e 1950, perdeu com a Holanda nas meias-finais – num jogo em que até esteve a ganhar.
Óscar Tabárez é o homem do leme desde 2006 e tem este ano aquele que será o meio-campo mais criativo em 12 anos à frente do Uruguai: Bentancur, Vecino e Nández. A dupla mortífera na frente de ataque – Suárez e Cavani – é compensada pela segurança de Godín e Giménez no eixo da defesa.
Os avançados do Barcelona e do PSG serão duas setas apontadas a todas as balizas adversárias e são exímios nas ruturas que apanham as defesas descompensadas. Contra três equipas comprovadamente mais frágeis – Rússia, Arábia Saudita e Egito – Suárez e Cavani não terão qualquer problema em descobrir como agitar as redes das balizas russas. Resta saber se o Uruguai se mantém quase candidato ao título ou se assume esse apelido.
Muslera; Varela, Godín, Giménez, Gastón Silva; Nández, Bentancur, Vecino, Arrascaeta; Suárez e Cavani.
Óscar Tabárez (uruguaio)
Luis Suárez (Barcelona)
https://www.youtube.com/watch?v=GaQPuqeHniM
Convocados
Guarda-redes: Fernando Muslera (Galatasaray), Martín Silva (Vasco da Gama) e Martín Campaña (Independiente).
Defesas: Diego Godín (Atl. Madrid), Sebastián Coates (Sporting), José María Giménez (Atl. Madrid), Maxi Pereira (FC Porto), Gastón Silva (Independiente), Martín Cáceres (Lazio) e Guillermo Varela (Peñarol).
Médios: Nahitan Nández (Boca Juniors), Lucas Torreira (Sampdoria), Matías Vecino (Inter Milão), Rodrigo Bentancur (Juventus), Carlos Sánchez (Monterrey), Jonathan Urretaviscaya (Monterrey), Giorgian De Arrascaeta (Cruzeiro), Diego Laxalt (Génova) e Cristian Rodríguez (Peñarol).
Avançados: Cristhian Stuani (Girona), Edinson Cavani (PSG), Maxi Gómez (Celta de Vigo) e Luis Suárez (Barcelona).
Ranking FIFA: 17.º
Presenças em fases finais: 13
Última participação: 1990
Melhor resultado: Campeão em 1930 e 1950
Antevisão: “Tenho a sensação de que vamos fazer um Mundial realmente bom. Agora temos melhor jogo coletivo. Os favoritos são Brasil, Espanha, França, Alemanha e a Bélgica também”, Óscar Tabárez, à World Soccer.