Na passada  sexta-feira, foi celebrado o 75º aniversário da vitória aliada sobre o nazismo na Europa, a 8 de Maio de 1945, o chamado VE Day. No sábado, 9 de Maio, foi assinalado o dia da Europa, marcando os 70 anos da chamada Declaração Schuman, a 9 de Maio de 1950, que é considerada o acto fundador da Comunidade Europeia. Curiosamente, no dia imediatamente a seguir — ontem, domingo, 10 de Maio — passaram 80 anos sobre a nomeação de Churchill como primeiro-ministro britânico em 1940.

Mesmo nos dias que correm — dominados por modas intelectuais apostadas em denegrir a tradição ocidental — ainda é genericamente reconhecido o papel crucial de Churchill na liderança da resistência ocidental contra o nacional-socialismo nazi. Mas raramente é conhecida a dramática debilidade inicial da posição de Churchill como primeiro-ministro, sobretudo no interior do seu próprio Partido Conservador.

Essa dramática debilidade inicial de Churchill está obviamente descrita em inúmeras biografias, designadamente na excelente biografia mais recente, por Andrew Roberts (Churchill: Caminhando com o Destino, LeYa, 2019). Existe também um pequeno livro inteiramente dedicado a esse tema, da autoria de John Lukacs, em que o autor transmite energicamente o dramatismo daqueles dias de Maio de 1940 (Cinco Dias em Londres: Maio 1940, Alètheia Editores, 1999).

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