Esta semana Fernando Medina admitiu a ilegalização do Chega. Para a semana outro alguém se chegará à frente com uma proposta ainda mais radical. Tem de ser, não é? O país-palco montado pelo PS está a desmoronar-se à frente dos nossos olhos. E não, não é apenas por culpa do COVID. Ou nem sequer é por culpa do COVID, pois a pandemia, tal como aconteceu com os incêndios em 2017, apenas expôs a mediocridade que, sob a capa da propaganda, se instalou no nosso quotidiano: muito antes sequer de se ouvir falar de COVID, em vários hospitais as chefias demitiam-se e as urgências, algumas delas pediátricas, fechavam porque o SNS não conseguia contratar médicos.

O espantalho da normalização do Chega faz falta para que não contemplemos o que o PS normalizou. O poder socialista normalizou em Portugal a clivagem entre o que se faz e o que se diz; entre o que se anuncia e o que se concretiza; entre o que se defende e o que se realiza.

Mas sob o manto da propaganda a vida fica cada vez mais dura. Bruta, até. Não por acaso os concursos de admissão à PSP vão ficando de tal forma vazios que se prevê alterar os critérios de admissão. Ou seja torná-los mais fáceis. Desautorizados pelos superiores, os agentes da PSP estão transformados em sacos de pancada nas ruas. Mas falar disso pode parecer mal aos senhores Medinas deste mundo, não é?

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