Depois de desavenças diversas entre Washington e Berlim devido ao Nord Stream 2 – o  gasoduto que parte da Rússia e a termina na Alemanha sem passar pela Ucrânia – o presidente Joe Biden, depois da visita da chanceler à Casa Branca, anunciou o seu acordo relativamente à empreitada que tinha deixado os seus antecessores de pé atrás, especialmente desde a invasão e anexação da Crimeia em 2014.

A decisão criou ruído e pareceu, aos olhos de muitos analistas, despropositada e fora de contexto. Mas a verdade é que não é assim. A presidência Biden tem mudado paulatinamente a sua política em relação a Moscovo. Se devidamente enquadrada, esta decisão tem riscos, mas faz sentido.

Para atingir o seu objetivo principal – isolar a China – os Estados Unidos precisam de assegurar pelo menos dois elementos: uma certa neutralidade da parte de Moscovo, relativamente à disputa pela transição de poder que opõe americanos e chineses, e a colaboração ativa das democracias.

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