1 A campanha eleitoral é importante para a questão decisiva destas eleições: O PS ganha com maioria absoluta? Na véspera do início da última semana de campanha, parece que a maioria absoluta está cada vez mais longe dos socialistas. A história inacreditável de Tancos contribui seguramente para impedir a maioria absoluta, mas não é a única explicação. As últimas duas semanas confirmaram 2015: António Costa é muito fraco em campanha eleitoral.

Os quatro anos de propaganda socialista fizeram esquecer este ponto elementar, mas bastou Costa voltar à estrada e as suas limitações ficam à vista de toda a gente. Costa não é popular e tem dificuldades nos contactos nas ruas. Os seus discursos são fracos e por vezes nem se percebe o que diz. A sua prestação nos debates foi medíocre.

Enquanto Costa esteve muito aquém das expectivas que criou, Rio tem sido melhor do que se esperava. Eu antecipava um desastre, mas estava enganado. Derrotou Costa nos debates. Não se irritou com a imprensa, ao contrário de Costa. Parece mesmo tranquilo e confortável. Tem estado bem na campanha na rua e com um discurso claro. E soube aproveitar as trapalhadas de Tancos. Seria muito importante que na última semana de campanha garantisse que nunca será vice PM de Costa num governo de bloco central. A verdade é que nada é claro, no pensamento de Rio, em relação à regionalização e à reforma da justiça, duas questões muito importantes para o futuro de Portugal. Se um voto no PSD para impedir a maioria absoluta do PS acabar por contribuir para um bloco central empenhado na regionalização e no controlo da justiça pelo governo, estaríamos perante uma fraude política.

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