Enquanto os Estados Unidos continuam a ser a primeira potência económica, política e militar no mundo e a China ocupa cada vez mais solidamente o segundo lugar da tabela, a Rússia perde terreno devido às suas apostas políticas no campo da política externa.

O golpe militar no Sudão, que derrubou o ditador Omar al-Bashir, é o último exemplo do que foi dito. O Kremlin apostou no apoio político e militar a um regime podre e vê os seus interesses económicos e militares nesse país em risco. Quando o Tribunal Internacional já tinha emitido um mandado de captura contra Omar al-Bashir por crimes contra a humanidade, Vladimir Putin recebeu-o com pompa e circunstância na sua residência de férias em Sochi. E agora? Quem vai pagar o armamento fornecido por Moscovo à ditadura? Será que as novas autoridades irão garantir os interesses económicos russos e tolerar a presença dos mercenários da “Vagner” no seu país?

Os chineses também têm fortes interesses económicos não só no Sudão, como em toda a África, mas defendem-nos com a mestria daqueles que conseguem sair secos passando entre os pingos da chuva. Não lhes passa pela cabeça enviar militares para o outro lado do planeta.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.