A Comissão Europeia voltou esta quinta-feira a colocar pressão no futuro Governo grego, com Jean-Claude Juncker a dizer que espera que a Grécia cumpra os compromissos que assumiu.

Não é a primeira vez que Juncker, que hoje falava aos jornalistas em Bruxelas, lança avisos aos eleitores gregos.

Já após o anúncio das eleições presidenciais pelo primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, o presidente da Comissão Europeia lançou um pouco habitual aviso aos eleitores gregos, dizendo que os gregos deviam ter cuidado com “forças extremistas”, e que ele próprio preferiria ter “caras conhecidas” no Governo.

O aviso surge poucos dias após a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter alertado os gregos que uma reestruturação de dívida da Grécia teria consequências sérias, nua alusão à liderança nas sondagens do Syriza, que tem como grande bandeira o fim da austeridade e mais uma reestruturação de dívida grega.

Esta manhã, o ministro das Finanças grego veio a público dizer que os credores não aceitariam uma reestruturação, mas deu a indicação de que a Grécia poderia vir a beneficiar de mais uma extensão dos prazos de pagamento e da conversão de empréstimos que têm taxa variável em taxa fixa.

O ministro das Finanças da Bélgica também deu uma entrevista, que foi hoje publicada por um jornal belga, dizendo que a reestruturação na Grécia não pode acontecer novamente, caso contrário colocaria a zona euro em risco. O governante admitiu, no entanto, que os gregos podem vir a beneficiar de uma nova extensão de maturidades.

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