O grupo terrorista da Al-Qaeda no Mali divulgou um vídeo com seis reféns estrangeiros, no dia em que o presidente francês, Emmanuel Macron, está de visita ao país. Entre os reféns, encontra-se um trabalhador de uma organização não governamental francesa, um cirurgião australiano, uma freira colombiana, um mineiro romeno e um missionário suíço segundo a BBC. Macron está no Mali para pedir a cooperação do país no combate ao terrorismo.

O vídeo de 17 minutos foi divulgado por um grupo formado em março, que se auto-intitula “Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos” e que resulta da fusão entre o grupo jihadista do Mali e a filial da Al-Qaeda na região. No vídeo, o narrador diz que ainda não houve negociações “genuínas” para libertação dos reféns.

Um dos reféns é o sul-africano Stephen McGown, que pergunta quando é que a sua provação vai chegar ao fim. “Agora, estamos a filmar um novo vídeo, mas não sei o que dizer. Já foi tudo dito no passado, em vídeos anteriores que fiz”, disse.

Já o cirurgião australiano, Ken Elliott, que tem cerca de 80 anos e que foi feito refém em janeiro de 2015 juntamente com a mulher em Djibo, diz: “Só quero dizer a toda a minha família que vos amo”. A mulher de Elliott foi libertada pelos terroristas em fevereiro de 2016.

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Emmanuel Macron está no Mali para juntamente com os países a que chama “Sahel G5” — Mali, Burkina Faso, Chad, Mauritânia e Nigéria — discutir como podem erradicar “terroristas, criminosos e assassinos”, disse o presidente francês enquanto falava na capital do Mali, Bamako.

A 19 de junho, o sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido — militar português ao serviço da missão da União Europeia –morreu num ataque terrorista no Mali. Foram mortos também outros dois membros da comitiva da União Europeia. O sargento-ajudante Paiva Benido tinha 42 anos, integrava a missão desde maio, era casado, tinha duas filhas menores de idade e era natural do Porto.

Militar português morreu na sequência de ataque terrorista no Mali