Seis grandes fogos, 230 mil hectares ardidos e 200 mil pessoas que, desde 4 de dezembro, evacuaram as suas casas: para o Governador da Califórnia, Jerry Brown, este é “o novo normal”, disse ontem, dia 10 de dezembro. Então ainda ‘só’ tinham ardido 175 mil hectares — num dia, a área ardida aumentou mais de 50 mil héctares. É o quinto maior fogo na história do estado.

O ‘fogo de Thomas’, assim chamado porque começou perto da Universidade Tomás Aquino, já consumiu uma área maior do que a de Nova Iorque, que cobre 205 mil hectares. Este é apenas um dos grandes fogos que têm assolado a região nos últimos sete dias.

No domingo, os bombeiros reportaram que 15% do incêndio já estava controlado, valor que acabou por descer para os 10% devido à propagação do fogo com o auxílio de ventos fortes.

Esta imagem, captada pelo satélite Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia a 5 de dezembro, mostra o quanto já tinha ardido (e continuava a arder) no sul da Califórnia.
Foto: NASA/ EPA

Especialistas estimam que os ventos aumentem ao longo do dia e acalmem à noite. Os fogos na Califórnia têm sido alimentados não só pelo vento mas também pela baixa humidade e pela secura dos solos. Donald Trump, Presidente dos EUA, declarou ‘Estado de Emergência’ na Califórnia, cujo alerta meteorológico é Roxo, o mais alto de todos.

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Jerry Brown acredita que a situação, resultante das alterações climáticas, é algo que pode acontecer “todos os anos ou num ou noutro ano”. Teme-se que os incêndios afetem seriamente a agricultura uma das grandes indústrias californianas.

Até ao momento há apenas uma vítima mortal dos incêndios: uma mulher de 70 anos encontrada sem vida no carro, presumivelmente enquanto evacuava a região. Entre os feridos contam-se vários bombeiros.

As causas do maior e mais destrutivo incêndio de sempre no sul da Califórnia ainda estão por determinar, fogo esse que, por enquanto, não dá sinais de parar. “Vamos ter um Natal de combate aos fogos”, disse Brown.