O adepto do Benfica acusado de ter atropelado mortalmente um adepto italiano de futebol, em abril de 2017, vai a julgamento. Segundo a decisão do  Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa desta segunda-feira, vão também a julgamento os restantes 21 arguidos no processo (nove com ligações aos No Name, do Benfica, e 12 da claque Juventude Leonina, do Sporting) também vão a julgamento.

O principal arguido, Luís Pina, está acusado do homicídio de Marco Ficini e de outros quatro homicídios na forma tentada. Os restantes arguidos vão ser julgado por participação em rixa, de dano com violência e de omissão de auxílio. Estava em prisão preventiva desde 29 de abril de 2017, mas foi libertado em 2 de março deste ano porque a decisão instrutória não foi proferida no prazo máximo de dez meses (como a lei determina).

Tudo aconteceu a 22 de abril de 2017, horas antes de um jogo de futebol entre o Sporting e o Benfica, da 30.ª jornada da I Liga, da época passada, no Estádio José Alvalade, em Lisboa. A vítima, o italiano, Marco Ficini pertencia à claque do clube italiano Fiorentina O Club Settebello e era adepto do Sporting. Morreu na sequência de um atropelamento com fuga junto ao Estádio da Luz

Durante o debate instrutório, cuja decisão foi conhecida esta segunda-feira, Luís Pina argumentou que não teve intenção de atropelar alguém. “Muito menos matar um ser humano”, defendeu-se. O advogado do arguido, Carlos Melo Alves, pediu que o seu cliente fosse acusado de homicídio por negligência, em vez de qualificado (em que a pena máxima é de cinco anos, em vez de 25). Quanto aos quatro crimes de homicídio tentado, Carlos Melo Alves referiu que Luís Pina agiu numa situação de “legítima defesa” perante uma alegada perseguição e agressões cometidas pelos adeptos com ligações à Juventude Leonina.

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