A Diocese do Porto revelou na quarta-feira que, devido à quebra de receitas motivada pela suspensão de atividades de culto em virtude da Covid-19, colocou “uma parte” dos seus colaboradores em lay-off, situação que inclui elementos do clero.

“A afluência de pessoas aos serviços e a suspensão das atividades de culto deixaram de permitir a perceção das receitas habituais, e a mesma entendeu que, até mesmo por razões de equidade, uma parte dos seus colaboradores ficasse abrangido pelo regime de lay-off simplificado”, refere uma resposta escrita enviada à agência Lusa pelo Economato Diocesano, serviço da Diocese do Porto, não especificando números nem quais as estruturas afetadas.

Esta decisão inclui elementos do clero “ao serviço quer das estruturas da Diocese do Porto, quer de qualquer uma das Fábricas da Igreja responsáveis pelas paróquias [da Diocese]”, refere o Economato Diocesano.

“Os direitos e deveres neste contexto são iguais aos de qualquer outro trabalhador”, acrescenta a nota enviada à Lusa.

O Economato Diocesano começa por recordar que a declaração do estado de emergência obrigou, em março, a proibir celebrações de cariz religioso e outros eventos de culto, mas realça que a decisão de cada paróquia foi “autónoma e naturalmente decorrente das suas particulares circunstâncias”.

“O ensejo da Diocese do Porto, como de qualquer outra entidade que tem como missão o serviço à comunidade, é que rapidamente se vejam reunidas as condições para que a vida dos cidadãos retome a sua normalidade. Nessa linha, é também seu objetivo que as suas estruturas consigam ultrapassar este momento de crise de saúde pública e poder continuar a garantir aos seus colaboradores as habituais condições de estabilidade e segurança”, lê-se na resposta.

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