Duas agências de segurança norte-americanas, o FBI e o Agência de Cibersegurança do Departamento de Segurança Interna (CISA, na sigla original) acusaram a China de levar a cabo ciberataques contra os Estados Unidos da América com o objetivo de obter informações sobre tratamentos e vacinas desenvolvidos para combater a pandemia de Covid-19.

Num comunicado divulgado na quarta-feira no site do FBI com o objetivo de alertar para os perigos relacionados com a investigação à doença, é referido que os chineses têm recorrido a “atores cibernéticos” para hackear organizações que estão a desenvolver pesquisas relacionadas com o novo coronavírus.

“Estes atores foram observados a tentar identificar e obter ilicitamente propriedade intelectual valiosa e dados de saúde pública relacionados com vacinas, tratamentos e testes de redes e pessoal associado à investigação da Covid-19”, refere a nota, frisando que o roubo destas informações compromete a “entrega de opções de tratamento seguras e efetivas”. O FBI e da CISA instam assim todas as organizações que estão a realizar pesquisas na área para reforçarem a sua segurança contra ciberataques.

Donald Trump tem vindo a acusar a China de falta de transparência. Na segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, o Presidente norte-americano admitiu, segundo a BBC, ter-lhe chegado a informação de que os chineses “andam a hackear”. “Qual é a novidade? Estamos a seguir a situação de perto”, disse.

A China tem negado repetidamente as acusações de ciberespionagem. Também no início desta semana, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros classificou como “imoral atingir a China com rumores e difamações sem qualquer evidência”. “Estamos a liderar o mundo no tratamento à Covid-19 e no desenvolvimento de uma vacina”, declarou, citado também pela BBC.

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