A bolsa de Nova Iorque negociava esta segunda-feira sem uma direção definida no início da sessão, num contexto de tensão entre Washington e Pequim e de violentos protestos contra o racismo nos Estados Unidos.

Às 15h05 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones subia 0,12% para 25.410,80 pontos e o Nasdaq avançava 0,36% para 9.523,84 pontos.

O índice alargado S&P 500 registava, no entanto, uma ligeira variação negativa de 0,01% para 3.044,04 pontos.

A China prometeu esta segunda-feira retaliar contra a decisão dos Estados Unidos de limitar a entrada de cidadãos chineses no seu território e impor sanções comerciais a Hong Kong.

“Qualquer declaração ou ação que prejudique os interesses da China terá um firme contra-ataque”, advertiu Zhao Lijian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em conferência de imprensa.

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Na sexta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos vão interditar a entrada de cidadãos chineses que representam um “risco” para a segurança do país.

A medida pode afetar estudantes chineses ligados a universidades vinculadas às forças armadas da China ou quadros do Partido Comunista Chinês.

Trump pediu ainda ao seu governo que acabe com medidas comerciais preferenciais concedidas a Hong Kong, depois de Pequim ter aprovado uma controversa lei de segurança nacional na região semiautónoma.

Os investidores estão também atentos aos desenvolvimentos da situação nos Estados Unidos, com distúrbios e protestos nos últimos dias em várias cidades do país.

No domingo, a polícia norte-americana disparou gás lacrimogéneo em frente à Casa Branca, para dispersar manifestantes que protestavam contra a morte do afro-americano George Floyd, durante uma detenção violenta.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens foram divulgadas através da internet.

Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço da Floyd com o joelho durante vários minutos.

Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Washington e Nova Iorque, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.