Cento e dez reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires que tinham sido infetadas com o novo coronavírus tiveram alta clínica, acabando assim o confinamento daquele estabelecimento. No entanto, ainda há 17 reclusas infetadas, informou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

A população prisional do Estabelecimento Prisional de Tires, com exceção das 17 reclusas que ainda não tiveram alta clínica, foi desconfinada”, refere um comunicado da DGRSP.

Entre os recuperados, estão duas crianças, filhas de reclusas. O surto naquela prisão feminina foi conhecido no passado dia 6 de novembro, quando foram tornados públicos 121 casos positivos de Covid-19. Foi o primeiro surto registado numa prisão em Portugal desde o início da pandemia. A DGRSP diz-se “satisfeita” com a “evolução muito positiva do caso ocorrido no Estabelecimento Prisional de Tires, a qual permite antever a sua resolução a breve prazo”.

Serviços prisionais têm 336 casos ativos, a maioria são reclusos

Nesta quinta-feira, os serviços prisionais contabilizaram 336 casos ativos do novo coronavírus entre reclusos, trabalhadores do quadro e empresas externas. A maioria — 259 — são reclusos.  A DGRSP diz também que há 295 reclusos clinicamente recuperados. Quanto aos jovens internados em Centros Educativos, não há casos ativos a registar, sendo de quatro o número de casos considerados recuperados.

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Em relação aos trabalhadores do quadro da DGRSP, a cifra de casos ativos é de 67, enquanto nos trabalhadores de empresas externas de serviços o número baixa para 10. O conjunto de trabalhadores clinicamente recuperados é de 154. Paralelamente, os dados relativos aos casos de Covid-19 nos Estabelecimentos Prisionais de Izeda (Bragança), Guimarães, Lisboa e no Faro “mantêm-se inalterados”.

Serviços prisionais com 435 casos positivos de Covid-19

Neste conjunto de estabelecimentos prisionais continuam suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados. Os reclusos, a quem são diariamente entregues máscaras e se encontram sob acompanhamento clínico, mantêm o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a telefonar.

Esta direção-geral, tutelada pelo Ministério da Justiça, reitera, mais uma vez, a sua “confiança nos planos de contingência que, em estreita articulação com a saúde publica, delineou e vem a aplicar e reconhece o esforço e dedicação dos seus trabalhadores”.