O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira que há condições para que a 70% da população europeia esteja vacinada no final do verão. Na Conferência dos Órgãos Especializados em Assuntos da União dos Parlamentos da União Europeia (COSAC), no Parlamento, António Costa disse que “tudo aponta” nesse sentido. E também já assume que bazuca só deverá estar ponta para chegar aos países depois da presidência portuguesa portuguesa da UE (PPUE).

“A pandemia da COVID-19 abalou fortemente as nossas economias e as nossas sociedades, a maneira como trabalhamos, como vivemos, como convivemos”. O cenário europeu é grave e, estando à frente da presidência do Conselho da União Europeia até julho, António Costa apela à cooperação dos parlamentos nacionais nesta altura para que sejam “parceiros essenciais para o sucesso da recuperação justa, verde e digital da Europa”. Na conferência participaram, via videoconferência, representantes dos vários parlamentos da UE.

Nesse caminho, o primeiro-ministro aponta como “porta de esperança” o “início do processo de vacinação e a aprovação do Quadro Financeiro Plurianual e do Programa Nova Geração UE”. E no primeiro ponto, Costa reafirma o 1 de julho como o momento em que arrancará o certificado digital Covid da UE e que vai permitir que o seu titular certifique que foi vacinado, tem um resultado negativo no teste ao SARS-CoV-2 ou recuperou da Covid-19 nos últimos 6 meses, para poder circular livremente na União.

Este, disse Costa na sessão de balanço da presidência portuguesa da UE é “um importante marco” da liderança nacional e vai ajudar a “promover a retoma económica”.

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Costa considera que “Portugal assumiu a Presidência do Conselho num momento decisivo para concretizar as decisões históricas” adotadas em 2020, nomeadamente a bazuca europeia, o Plano de Recuperação e Resiliência que Costa se vangloria de ter dado um passo importante durante a sua presidência: o “rápido processo de ratificação por todos os Parlamentos Nacionais da Decisão sobre Recursos próprios da União Europeia”. A aceleração deste processo “permitirá à Comissão ir aos mercados para financiar o Plano de Recuperação europeu”. Este foi, diz Costa, o segundo momento “decisivo” (depois do arranque da vacinação) da Presidência portuguesa.

Ainda assim, está para chegar aos países o dinheiro da bazuca e isso não deverá acontecer já sob o seu comando. Ainda falta, lembra o primeiro-ministro, que os Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência sejam “avaliados pela Comissão no início de junho, permitindo a sua aprovação pelo Ecofin no final desse mês”.

Assim, nesta altura, Costa vai ficando pelos efeitos que se espera da mesma, avisando que “a recuperação só será bem sucedida ao nível da União se o for ao nível nacional. Também sabemos que só será sustentada e sustentável se a alicerçarmos nos motores de futuro que são as transições climática e digital”.

Sobre os outros temas que também foram conseguidos durante estes cinco meses de PPUE, Costa foca-se sobretudo no “Compromisso Social do Porto, o acordo tripartido mais abrangente e ambicioso alguma vez alcançado a nível da União Europeia”, afirmou.