Leyna Bloom é a primeira transgénero a fazer capa na Sports Illustrated Swimsuit, a edição de fatos de banho da famosa revista desportiva norte-americana. A atriz, modelo e bailarina de 27 anos partilhou o momento na sua conta de Instagram, onde diz desejar um futuro de “respeito e apreciação por todas as mulheres em todas as suas formas e vindas de todas as caminhadas da vida”.

“Este momento cura muito sofrimento no mundo. Nós merecemos este momento; esperamos milhões de anos para aparecer enquanto sobreviventes e ser vistos como seres humanos plenos cheios de maravilhas”, começa por celebrar Leyna na publicação em que revela a capa na qual é protagonista.

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Eu já sonhei um milhão de sonhos bonitos, mas, para raparigas como eu, a maioria dos sonhos são apenas esperanças com fantasia num mundo que muitas vezes apaga e omite a nossa história e até mesmo a nossa existência”, lamenta.

Leyna Bloom, a rapper Megan Thee Stallion e a tenista Naomi Osaka são as três mulheres escolhidas pela revista para cobrirem as capas de 2021, em que o lema é “abrindo olhos, falando verdades, mudando mentes”.

A própria revista descreve Leyna, no seu site, como uma mulher que já “quebrou várias barreiras no mundo dos modelos”, e lembra que foi uma das poucas manequins “abertamente transgénero” a desfilar na New York Fashion Week de 2017. Além disto, foi a primeira mulher trans negra a ocupar o papel principal num filme do Festival de Cannes, logo na sua estreia no universo da representação. Agora, tal como a própria revista afirma, “faz história mais uma vez” — além de ser a primeira transgénero na capa, é a primeira pessoa trans negra a aparecer nas suas páginas.

Num vídeo publicado na rede social Instagram, a edição de roupa de banho mostra o momento em que Leyna soube que iria ser o rosto de uma das próximas capas da revista. No momento em que a modelo diz estar feliz apenas por aparecer dentro da revista, é surpreendida pela nova capa. Neste vídeo, a atriz aparece também a admitir que, da primeira vez que viu a revista, ficou admirada por ter “tantas raças, cores e tipos de corpo diferentes”.