“Vamos fazer sanduíches com os flyers para distribuir mais rápido.” Tiago Mayan Gonçalves acha que não vale a pena, que é mais eficaz cada um carregar um monte diferente e colocar-se à vez nas caixas do correio. Cinco minutos depois, quando fica para trás a conversar com um antigo combatente que ainda não consegue circular gratuitamente nos transportes públicos (Mayan admite que não está dentro do caso, mas promete inteirar-se), as duas pessoas que o acompanhavam aproveitam uma mesa no meio do Bairro Aldoar para fazer a junção dos vários papéis que ali querem deixar.
Abrem o jornal de campanha de Rui Moreira, colocam no interior o flyer de Tiago Mayan Gonçalves e a folha indicativa do boletim de voto. Três em um. Tiago aproxima-se e mete mãos às obra, sem hesitar. O Observador questiona-o se concorda que desta forma o processo se torna mais eficaz e o antigo candidato à Presidência da República puxa da costela liberal para dizer que faz parte arriscar em novas estratégias e dar mérito quando são apostas certas. A estratégia manteve-se por mais dias e as “sanduíches” passaram a ser construídas onde dava mais jeito, muitas vezes em cima de um carro.
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