O candidato do PSD à presidência da Câmara de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, considerou esta quarta-feira “urgente” encetar um combate contra as “dependências” e a pobreza existentes naquele concelho da ilha de São Miguel.

Em declarações à agência Lusa, durante uma ação de campanha no bairro social do Lajedo, na freguesia de São José, Nascimento Cabral disse que o PSD tem um “projeto para as zonas da cidade que necessitam de uma ação social mais premente”.

“Esse desafio tem de ser mais urgente. É um desafio que exige e requer de nós um esforço muito sério para combater essas dependências e esse flagelo social de quem não tem emprego e necessita urgentemente que alguém lhe lance uma mão de ajuda”, declarou.

Nascimento Cabral salientou que existem “pessoas que necessitam de ser apoiadas” devido à crise provocada pela pandemia da Covid-19.

“[Temos de ter] uma atenção sobretudo na inserção social de quem mais necessita, de quem perdeu o seu emprego por causa da pandemia e por quem tem dificuldades em encontrar um novo emprego”, salientou.

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Reconhecendo que existem “flagelos sociais” em várias zonas do concelho, o social-democrata considerou necessária uma “atenção muito especial” para as “situações de dependência”, que, segundo disse, “infelizmente grassam” em Ponta Delgada.

“Precisamos de ter uma atuação em articulação com as IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social], em articulação com o Governo Regional, para eliminarmos o máximo que for possível essas situações [de dependência], que nos deixam a todos muito preocupados quanto ao futuro da sociedade”, afirmou.

O social-democrata defendeu ainda que Ponta Delgada, que é liderada pelo PSD há 28 anos, precisa de se “revitalizar do ponto vista social e do ponto vista económico”.

Nascimento Cabral, acompanhado pelo recandidato a presidente da Junta de Freguesia de São José, Jorge Oliveira, percorreu algumas ruas do bairro do Lajedo, distribuindo cartazes, gel desinfetante, esferográficas e t-shirts.

Questionado sobre as metas eleitorais, o candidato destacou que o objetivo é “ganhar as eleições”, mas reconheceu que será um “amargo de boca” se o PSD tiver um resultado inferior ao alcançado em 2017.

“A nossa meta está estabelecida com os nossos resultados eleitorais de há quatro anos atrás. Tudo o que for melhor do que isso é, para nós, uma vitória. Tudo o que for pior é, digamos, um amargo de boca”, assinalou.

Os candidatos à Câmara de Ponta Delgada são Pedro Nascimento Cabral (PSD), André Viveiros (PS), Vera Pires (BE), Luís Miguel Quental (IL), Luís Franco (Chega), Rui Teixeira (CDU) e Dinarte Pimentel (PAN).

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD venceu a Câmara de Ponta Delgada com 51,28%, alcançando cinco mandatos, sendo que os outros quatro mandatos foram conquistados pelo PS (39,11%).

O BE teve 2,06%, o PAN 1,80%, a CDU 1,05% e a coligação CDS-PP/PPM 0,95%.

Em 11 eleições autárquicas livres, o PSD presidiu quase sempre à Câmara de Ponta Delgada, com exceção do mandato 1989-1993.

As eleições autárquicas estão marcadas para domingo.