O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro defendeu esta sexta-feira que o PSD vai a jogo para ganhar nas autárquicas e que, depois de domingo, a direção terá que fazer uma reflexão na qual não se exime de participar.

“O PSD é daquelas equipas que quando entra em campo é para ganhar”, afirmou esta sexta-feira Luis Montenegro, considerando que um bom resultado para o partido, nas eleições autárquicas de domingo, é “ganhar qualquer junta, qualquer câmara em que é candidato”.

Para Luís Montenegro, depois das eleições de domingo, nas semanas seguintes será tempo de todos “fazerem uma reflexão, a começar pelo presidente do partido [Rui Rio] e pela sua direção nacional e a continuar por todos os outros que não estando nos órgãos nacionais têm a responsabilidade de contribuir para a afirmação do projeto político”.

À Lusa, Montenegro afirmou que, mesmo não estando no ativo, não se irá “eximir naturalmente de participar nessa reflexão, e depois as decisões serão tomadas de acordo com os resultados dessa reflexão”.

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Recusando “refletir antes do tempo”, Luís Montenegro considerou esta sexta-feira que o tempo era de “política concreta” e de contactos com as pessoas até ao último minuto”, tarefa que o levou a Caldas da Rainha para participar numa ação de campanha do candidato Fernando Tinta Ferreira à Câmara das Caldas da Rainha, onde o PSD governa desde 1976, com exceção de um mandato em que a autarquia foi liderada pelo CDS.

Dizendo-se “única e exclusivamente concentrado nas eleições autárquicas e nos candidatos”, Montenegro enviou “uma saudação muito calorosa” a todos os que “se disponibilizaram para envergar a camisola do PSD, muitos deles sem serem militantes”, bem como ao presidente do partido, Rui Rio.

“Temos que reconhecer que houve, nas últimas semanas, um esforço grande de acompanhamento das candidaturas e, portanto, de enriquecimento daquilo que são os potenciais de esclarecimento dos eleitores com vista a podermos ter melhores resultados no domingo”,disse sublinhando que é nos momentos eleitorais, em que o partido defronta “batalhas externas, que os militantes devem estar mais unidos.

E “mesmo nas alturas não eleitorais”, defendeu a ideia de que “possa também prevalecer” o companheirismo, “independentemente das opções e das diferenças de opinião a propósito da estratégia, de decisões e  de opções”.

Montenegro afirmou ter-se habituado a ver o PSD “sempre como o maior partido do poder local” em Portugal, “a liderar a Associação Nacional de Freguesias e a Associação Nacional de Municípios”, vincando como “fundamental” para esta força política, “crescer, ter o maior número de câmaras e se possível tornar a liderar estas duas instituições”.

Além da ação nas Caldas das Rainha Luis Montenegro participou também em várias iniciativas de campanha em seis concelhos do país.