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Taxas de juro da Fed voltam a níveis pré-pandemia. Subida "extraordinariamente grande" (75 pontos base) pode continuar

Este artigo tem mais de 1 ano

A Reserva Federal dos Estados Unidos voltou a subir as taxas de juro. Jerome Powell avançou, pela segunda vez, com um aumento de 75 pontos base e admite que pode não ser a última.

epa10027919 Federal Reserve Chairman Jerome Powell testifies during the Senate Banking, Housing, and Urban Affairs committee hearing to examine the Semiannual Monetary Policy Report to Congress on Capitol Hill in Washington, DC, USA, 22 June 2022.  EPA/SHAWN THEW
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Jerome Powell não acredita que os EUA tenham entrado em recessão

SHAWN THEW/EPA

Jerome Powell não acredita que os EUA tenham entrado em recessão

SHAWN THEW/EPA

A Fed (Reserva Federal dos Estados Unidos da América) voltou a subir as taxas de juro. São mais 75 pontos base, segundo ficou decidido na reunião deste mês, cujas conclusões foram reveladas esta quarta-feira.

A Fed já tinha sinalizado, na reunião anterior, poder subir taxas nesta dimensão. Mas alguns analistas chegaram a admitir que a subida pudesse ser mais expressiva, face ao pico de inflação atingido nos Estados Unidos. Em junho a inflação atingiu 9,1%.

A subida das taxas no outro lado do Atlântico iniciou-se em março e teve a sua maior expressão em junho com a tal subida de 75 pontos base. Esta é, assim, a segunda elevação dessa dimensão, fixando as taxas num intervalo entre os 2,25% e 2,5%, o nível mais elevado desde dezembro de 2018. E é a quarta subida consecutiva. A decisão desta reunião, segundo indica a Fed, foi unânime.

Em dois meses a Fed sobe taxas em 1,5 pontos percentuais, a atuação mais agressiva desde o governador Paul Volcker que combateu também a subida de preços no início dos anos de 1980. “Estamos empenhados em trazer a inflação para baixo”, declarou Jerome Powell, presidente da Fed, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do comité de mercado, garantindo que tem as ferramentas para tal, incluindo continuar a diminuir o balanço da Fed.

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source: tradingeconomics.com

“A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios nas cadeias de abastecimento relacionados com a pandemia, com os preços da alimentação e energia elevados e mais extensas pressões sobre os preços”, explica a Fed em comunicado, assumindo Powell que a inflação está acima das expectativas e bem acima do objetivo no médio prazo de 2%. E, por isso, “vamos nos próximos meses verificar evidências de que a inflação desce”, admitindo confiança de que vai começar a descer. Há sinais, mas faltam evidências, sugeriu. Admitiu que o crescimento vai abrandar — o que até pode ser necessário para fazer descer a inflação. “Vamos estar focado em fazer descer a inflação”. Tudo em nome da estabilidade de preços. “Estamos a tentar fazer isto na medida certa. Não estamos a tentar ter uma recessão nem acho que a tenhamos de ter”, declarou.  Mas “sabemos” que o caminho se está a estreitar. Há o risco de se fazer demasiado, mas o risco de fazer pouco aumenta o custo de ter de ligar com isso depois, admitiu.

A Fed não acredita, no entanto, que os EUA já terão entrado em recessão. A evolução do PIB nos Estados Unidos, referente ao segundo trimestre, é revelada esta quinta-feira, depois de no primeiro trimestre ter registado uma descida de 1,6%. Se tivesse uma queda no segundo trimestre tecnicamente os EUA entram em recessão, mas os analistas apontam para que consiga ter valores positivos (embora pequenos) de crescimento.

“Ao avaliar a adequada política monetária, o comité da Fed continuará a monitorizar as implicações das informações recebidas para as perspetivas económicas. O comité está preparado para ajustar a orientação da política monetária consoante considere apropriado e caso surjam riscos que possam impedir a prossecução das metas”, explica a Reserva Federal em comunicado, no qual reconhece que os recentes indicadores do consumo e da produção atenuaram-se. No entanto, os indicadores do trabalho continuam, no entender da Fed, robustos.

Não fecha a porta a novas subidas, que dependem das informações e da evolução dos indicadores. E não fecha mesmo portas a que na próxima reunião a subida seja de igual magnitude — “extraordinariamente grande”, ainda que a decisão não esteja tomada. “Antecipamos que será apropriado continuar a tendência de subida”, declarou Jerome Powell, salientando que a decisão de avançar com nova subida de 75 pontos base dependerá dos dados até lá. As decisões serão tomadas “reunião a reunião”, por isso acrescentou também que o abrandamento das subidas acontecerá a determinada altura.

Os 75 pontos foram considerados ajustados face aos dados, mas assumiu que o comité não hesitará a subir mais ainda o tom (havia quem esperasse uma subida de 1 ponto percentual) se os dados assim o mostrarem. “Dissemos que estaríamos dispostos a passos mais agressivos e foi o que aconteceu na reunião de junho”.

Com isto, espera-se, conforme já anteriormente antecipado, que as taxas atinjam os 3,5% este ano.

Também o BCE já iniciou a escalada dos juros na zona euro, com um aumento de 50 pontos na reunião da semana passada.

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