O antigo kickboxer Andrew Tate, conhecido pelos seus posicionamentos misóginos, e o seu irmão, Tristan Tate, compareceram esta quarta-feira perante um tribunal em Bucareste, na Roménia, para apresentar o seu recurso contra a recente decisão judicial de os manter durante mais um mês sob custódia, devendo a decisão do tribunal ser conhecida ao final do dia desta quarta-feira.

Segundo a BBC, no recurso apresentado esta quarta-feira, o advogado dos irmãos Tate, Ioan Gliga, alega ter “novas provas” para rejeitar as acusações em causa. “As vítimas negam qualquer comportamento errado. Apenas na cabeça dos procuradores é que foi cometido um crime.”

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Os dois irmãos foram detidos no dia 29 de dezembro na Roménia, depois de a sua localização ter sido revelada devido a um descuido de Andrew Tate num vídeo que publicou no Twitter a provocar a ativista climática Greta Thunberg. Nesse vídeo, era visível uma caixa de pizza de uma pizzaria da Roménia, que levou as autoridades a concentrarem as buscas no local.

Andrew e Tristan Tate são acusados de pertencerem a um grupo de crime organizado, com suspeitas de tráfico humano e crimes sexuais. Com eles, foram detidas também duas mulheres romenas — Georgiana Naghel e a antiga agente da polícia Alexandra Luana Radu, suspeitas de estarem ligadas a este grupo organizado.

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No dia 20 de janeiro, um tribunal romeno decidiu prolongar o período de detenção de Andrew e Tristan Tate durante mais um mês, até pelo menos 27 de fevereiro — mas já se sabia que a defesa dos irmãos ia apresentar um recurso contra esta decisão.

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Esta quarta-feira, quando foi retirado da carrinha celular à chegada ao tribunal, Andrew Tate gritou para os jornalistas ali presentes: “Vocês sabem que eu sou inocente!”

Antigo kickboxer que ficou conhecido pela sua participação na edição britânica do Big Brother, Andrew Tate é célebre pelas suas afirmações machistas e misóginas nas redes sociais. Já disse publicamente que prefere namorar com mulheres com 18 e 19 anos porque consegue “deixar-lhes uma marca” mais facilmente e faz vídeos regulares a ensinar os seus seguidores a manipular as mulheres.

As controvérsias levaram a que fosse banido nas redes sociais — embora tenha regressado recentemente ao Twitter, como muitas outras figuras polémicas, depois da compra da rede social por Elon Musk.

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