Quatro jogos, uma vitória, um empate e duas derrotas. O ciclo recente do Manchester United, acompanhado por uma quase ressurreição do Liverpool, atrapalhou as contas do apuramento direto para a Liga dos Campeões na Premier League. Este sábado, porém, os red devils entravam em campo já depois de o Newcastle empatar com o Leeds — ou seja, com a possibilidade de igualar os magpies no terceiro lugar da classificação.

Em Old Trafford, a equipa de Erik ten Hag recebia um Wolverhampton que está seguro na classificação, quase matematicamente afastado da despromoção e a meio da tabela, num cenário que Julen Lopetegui conquistou e que chegou a parecer longínquo na altura em que Bruno Lage foi despedido. Na antevisão, o treinador neerlandês, recordou que o Manchester United só dependia de si mesmo para terminar nos quatro primeiros lugares da liga inglesa.

“O futebol de topo é sempre um teste. Podemos ir com confiança e crença porque aquilo que já deixámos claro é que podemos vencer as melhores equipas do mundo. Mas sim, será sempre um teste de coragem perceber se conseguimos fazê-lo novamente. Estamos na posição certa e temos de terminar o objetivo. É um objetivo de enorme exigência, por isso, também precisamos de ter padrões muito elevados. E precisamos de ter coragem. Os jogadores, assim como eu, têm de assumir essa responsabilidade”, explicou Ten Hag.

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Assim, o técnico lançava Martial enquanto referência ofensiva, apoiado por Antony, Bruno Fernandes e Jadon Sancho, e deixava Diogo Dalot. Do outro lado, Lopetegui tinha Toti Gomes, Nélson Semedo, Matheus Nunes, Rúben Neves e Pedro Neto no onze inicial, com Podence, Sarabia e Raúl Jiménez no banco, e também José Sá era preterido por Daniel Bentley na baliza.

O Manchester United abriu o marcador à passagem da meia-hora e na conclusão de uma grande jogada de transição ofensiva: Bruno Fernandes surgiu no corredor central, soltou Antony com um passe vertical e o brasileiro assistiu Martial, que só precisou de encostar (32′). Lopetegui mexeu ao intervalo, trocando Pedro Neto por Hwang, e o resultado só voltou a mexer já nos descontos. Novamente em contra-ataque, Bruno Fernandes assistiu Garnacho com um passe longo e o argentino finalizou para sentenciar a vitória (90+4′).

Num dia em que Bruno Fernandes voltou a estar nos dois golos, os red devils voltaram aos triunfos, venceram o Wolverhampton e igualaram o Newcastle, mantendo uma distância de quatro pontos para o Liverpool e dando mais um passo importante rumo à qualificação direta para a Liga dos Campeões.